quinta-feira, 3 de novembro de 2016

COLUNAS REMONTÁVEIS

Abre-se a mão ao desfecho, destes inumeráveis em que suporte um
No que não suportam muitos, mas que suportarão ao grão de arroz
Quando se aperceberem que burlam a carestia do se comer
Em que o alimento concreto não é o plugar-se a algo, mas de alimento...

Uma rosa perspicaz engana um pássaro se abrindo em pétalas rubras
Quando ao lado pesponta um pequeno botão de sua índole crua
Ao ver-se que na predação consubstanciada em meio à Natureza
O diálogo contemporâneo assaz frequente ignora quaisquer movimentos.

Erguem-se colunas anônimas que jamais serão descobertas na visão
Daquilo que não se vê em um pixel, posto este ser um único tom e cor,
Em que todas as cores residem por outros canais não canalizados
No gargalo de geometria do quanta-espaço, no quanto que é, a mais de dito!

A poiésis vem forte, e a prática dos livros se impõem no social que nos deem
Quando nos aperceberemos que os professores apenas ditarão aos alunos
As linhas que na sua profana lei contra a tirania são lidas com a liberdade
Do curioso do ser humano consciente na sua busca inequívoca ao saber...

E outras colunas se formam, e horizontalizam o espaço das vigas e tijolos
Quando apenas uma formiga cresce em suas caminhadas a avisar a outras
Que há sede na superfície nua do conhecimento e suas superfícies
Nas formações sociais cada vez mais consolidadas em pátrias soberanas!

Apáticos, seguem fragmentos do não ser que se estabelecem em outros
De outros quesitos que não residem nas questões pragmáticas e concludentes
Quando nos apercebemos que se um tijolo falta na construção inegável
Outras mãos nos apercebem mais fortes quando concretamos vazios...

E forma-se a linearidade entre as colunatas dóricas, entre os papiros leves,
Entre encontrarmos luzes dentro da sílica, no mais das vezes expirando ondas
Imantadas com a sobriedade de alguns poetas que sobrevêm no olhar
Ao nada que não falam, mas dizem algo ao mesmo nada para ver brotar a flor!

E o ilógico de personagens urticons que não há de saber posto inexistentes,
Dão margem a que imaginemos dentro de uma realidade cabal de pensadores
Que o seremos sempre, e que as nossas mãos fluam dentro de nossas penas
Que um pássaro deixou cair quando se debateu no vento morno das tempestades.

A sabermos, a tecermos odes aos engenheiros que erguem construções
Seria uma honra que acompanhassem dentro de seus cálculos sólidos e belos
Que é nas derivadas que se integram os números, e que nunca há em uma linha
Apenas a conclusão de um significado maior do que a solidez de um edifício!

A se pregar do prego um martelo, este com a mão obreira da habilidade,
Sabemos que o seu som vem de longe, do ferro com ferro, deste com cimento,
Um andaime conquistado, um ser que come do feijão e dorme com a companheira
No doce calor de um leito breve e consonante do que é viver em respeito...

Em todas essas inumeráveis obras da vida, Krsna olha com o olhar de fogo,
Um fogo plasma que constrói a olaria de todos, e que erguerá sempre outra coluna
E outra e mais outra, pois quando precisamos saber que largamos uma estrutura
A Natureza já fez crescer com toda a generosidade infinita todo o nosso material!

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