Não que eu não me encontrasse em algum lugar
Mas, na realidade, nem real por vezes penso que estou
Vertendo o que é do que gira, mas a corrente das formigas passou...
Estarão agora em seus nichos, e mulheres com seus namorados
Ou meramente aquelas que dotaram por uma noite aquilo que não se sabe
Ou, quem saiba, algumas certamente possuirão mais certezas...
Não, eu prefiro a coisa mais concreta, aquilo que funcionou um dia
No que algo ou alguém, de apascentar meios, irrequieto, quem sabe em um tapete de
mensagens
Me encontre com um tipo de serviço que seja maior do que tudo isto...
Uma face é quase ridente, a outra pode ser turva, outra nubla ódios enquanto
olha o sexo,
Quem sabe a alfombra de registros, quem sabe o turvo fosse mais sincero na perversão
Ou o sádico virasse masoquista trocando os gestos...
Resta um apanhado cultural, resta a memória de inconsútil meio, uma peça de
teatro em Ipanema,
Um arfar de raposa-atriz noturna, uma verve inquieta de um circo de mendigos
Ou mesmo o abrigo que acabou de liberar quiçá ao menos um deles...
Não, que o trabalho é longo, e as investigações hão de começar sempre
No sempiterno movimento de auscultar sistemas, posto a investida vai ser sempre
dura
E na segunda certas estratégias prometem vir com figurinos distintos e
fantasiosamente certeiros...
Na autobiografia de um mosquito, nada seria mais contado, pois que um homem que
escreve
Sabe que bebe do seu próprio sangue sem transmitir a dengue, mas tendo que
perscrutar no seu dia a dia
As razões de estar silenciosamente comendo uma ração formosa, pelas mãos da
guerra...
Maravilhosamente posta a questão, a mulher crê que seja fácil, pelo menos
alguma, mas não verteria o silêncio
Outra que segue fremindo no seu colo o desejo de possuir alguém de outra forma
Qual não fosse, o interstício mesmo mais do útero congenial do desejo...
A noite prima por mais uma noite bem dormida, pois o potencial de um poeta
Não encontrará mais o subterfúgio de fugir das letras
Posto o equinócio biográfico revelará sempre a taciturna intensidade da
ausência...
E a sede que se pega trocando sensações táteis sem tocar
É o sereno ruminar do meio digital e seus meios tácitos
Sem que houvesse o outro meio, quiçá tecnicamente transcrito do Todo...
E aquilo que pensamos no ontem já sente o indolor processo da frente limitante
Onde o estudo desmesurado pousa o irrequieto resultado de um labor criterioso
Mesmo que não se importem tanto com aquilo que é dito sem a mesura de um meirinho...
domingo, 24 de novembro de 2024
INCONSÚTIL MEIO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário