Qual não fora que não te encontrasse mais sóbria
Vertente do sol do lunar que a noite ensombrece
Por estrelas onde te perdes ainda mulher quase menina
Onde andavas distraída por sobre os barracos de minha solidão...
Não teria para quem dizer se não fosse para algo, quiçá um quilo de tomates,
Quiçá o que compro para minha mãe amanhã, quiçá o acelerador do carro no dia
seguinte
O saiba melhor, que não te ressintas de mim, aurora, que te tenho no acalento
das horas.
Vertes que nem a sombra que temo o que não sei, posto de não saber o que não
tenho
Jamais terei um dia a certeza de quem és, óh indescritível criatura dos tempos
Onde evanesço minha sorte ao sorrir de mim mesmo na infinita pequenez de meu
sorriso...
Pare de olhar para onde que eu jamais saberei, óh página incandescente de meus
protestos
Posto falo só apenas no que digo de mim outro que jamais seria alguém se não me
visse de fora.
Posto nada sabermos mais do que um pouco, o querer que me invade é viver mais
um pouco, apenas.
A sentir seria a vida, não de se sentir tão puramente, mas de ser mais pleno no
que sou
Quando me apercebo tão silente como o caminhar de Rudra no Himalaia, quiçá
Ou onde me apercebo nada ser, a não ser a profusão insetívora de minha
percepção
Ou quando finalmente tento acompanhar voando o voo de uma gaivota no céu...
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
O DESCONCERTO DO OLHAR
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