Em tudo há um modal em que o carro que passa agora já é importante:
A chuva que não cai já é importante, não fosse por isso, a roupa de uma mulher
já dá seus sinais
Outrora nos dias em que, silenciosa, outra me serve um açaí com seu corpo de
amêndoas
Ou o comércio se dá nas entrelinhas no valor de um homem em busca de não querer
identidade...
Não fosse por isso, algo haveria de ser dito por outra linha, qual não fosse um
mesmo processo
Em que o personagem de Kafka se sente submerso no velho edifício da ficção
Enquanto as letras átonas de um áudio já não revelam mais sequer uma afeição
concreta.
Não seja por isso, os cães latem na vizinhança, e são mais atraentes do que o
sorriso de uma mulata maravilhosa
Quando a encontramos, erótica, na prostituição imposta pelos brancos
Ou na suposição de que o movimento negro não fosse mais pungente do que apenas
um câmbio
Onde suceda que o mais íntimo de um homem vire peça de brinquedo nos folguedos
femininos
Daquela inteligência que se permite saber um pouco mais por não saber da
Natureza exata do ser...
Mais não fosse o valor configurado, a formatação já não importa à poesia, mas
apenas o sabor da carne sobre a carne
Posto semântica do podre que está, sendo o fel o significado por vezes de um
amanhã
No sabor de uma despedida que fatalmente se dá no decorrer da hipocrisia
Quando uma relação de poder difere exatamente do quilate pretendido no albor de
um dia.
sábado, 30 de novembro de 2024
O VALOR QUE TE CONFIGURA
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