quinta-feira, 18 de maio de 2023

A DIMENSÃO DO IMPROVÁVEL


Ah, o escopo da ciência, da consciência, do que não seria
Ao que seja, a se permitir ser ao menos, que não supõe-se
O afagar terno na mão de uma mulher, nem que seja ocultar-se
Sob o véu da sinceridade de se estar amando, não, que não seja pecar isso...

Sem a sensualidade do fato?

Não seríamos compulsórios com segredar nossos amores pelos seres,
Mas na temperatura mais fria o aconchego da lã por vezes tece algum carinho...

Não, que não se infira nada que não seja, o serviço não é vão jamais
E será melhor trabalharmos na mesma direção a todos, cada qual a sua vez
Na prática cotidiana, conforme a necessidade de cada qual na prática cotidiana.

Visto ser esse o sentido de uma vida mais plena, os motores, a velocidade por vezes,
A troca de olhares, a rua, o asfalto, a dinâmica quase inquieta, o rumor, um teatro quente
Que perfaça testes e mais testes de amianto, e que não caiam goteiras em nossos ventres...

No que teça a tessitura de um sonho, que a palavra de Bréton seja um ultimato
E que Lautreamont verta um processo que transcenda Kafka, mas que não se entre na porta!

Na verdade, goza-se, a repentina mudança de um lugar, agora infundido na grama de um material
Que não evanesce nas alfombras persas, que transuda o viés da libertação
Daquele sacerdote que, meio sorumbático, acaba revendo o cânone em jogo
Mas que, não capacite no ventre da Igreja a comunhão daquilo que não comunga comungando...

Sair, como encontrar-se com a liberdade já não petrificada, o viés de uma era mágica
Onde uma ilha quase de sílica adormece sem chorar churumelas
Quando partimos cada qual, em nossas missões nada clandestinas, a céu aberto,
No absorto proceder, por vezes, mas encontrando no anti espaço o espaço da matéria!

Estar apostolado, esse incrível dote do causídico que não cansemos, posto a batalha é diária
E o carro não mais quebra, não andemos de calças na mão, quando o que queremos realmente
É viver a vida e deixar-se viver a quem ama realmente o bem estar da humanidade...

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