sábado, 8 de abril de 2023

AI E A MÃO CONTROLADORA

 

                A fascinação da hora da tecnologia sem dúvida é a Inteligência Artificial, a velha questão do homem pensar que pode ser Deus, ou ter um poder similar sobre a Natureza... Primeiro, que o acesso a essas máquinas de primeira grandeza não é fácil ao usuário popular, e outro, que sempre haverá a mão controladora humana, não apenas como operador dessa inteligência, mas igualmente como construtor do que vem a ser o seu propósito, para que servirão seus usos e a quem servirá esse mesmo propósito. A motivação começa a ser o primeiro filtro dessa inteligência, mesmo que saia pela tangente da criatividade, de tentar substituir a arte, o que vem a dar na paródia do rabo do porco que rebola e faz extraordinárias pinturas abstratas!

                Nenhuma nave espacial sai para o espaço sem o olhar humano, e nenhum 5G trabalha sem estar conectado ao usuário igualmente humano. O mito do androide possível e inteligente perpassa, quiçá como material bélico de guerreiros indestrutíveis, mas não é preciso ir mais longe para saber que muitos homens e mulheres de carne e osso já estão programados devidamente, com rotinas de limitantes literaturas lidas e absorvidas dentro de suas mentes, dentro do pressuposto de funcionarem igualmente com a interveniência das máquinas que passaram por crivos ou bibliotecas prontas externas, onde se dá o paradoxo: instrumentos de carne servindo propósitos como o de oito de janeiro, resultado de rotinas quase de androides, que tomaram ou tentaram tomar uma cidade através do caos e de um planejamento algo de rudimentos de Tis integradas...

                No tempo de elaboração de uma rotina altamente complexa que gerará uma ação de AI, em questão de segundos, um índio olha para baixo, na terra, e vê mais sabedoria em uma triangulação de formigas, que lhe dão mais conhecimento do que supõe todo o serviço de espionagem mundial, que sai à cata de industriosas rotinas aquelas, gerando violência e crendo estar fazendo mais pela ciência do que o faz efetivamente a NI, Inteligência Natural. Por mais que o homem corra atrás de seus próprios erros, por mais que tente construir bombas e mais bombas, claro está que quer destruir a fonte da Inteligência, que é a Natureza. A destruição da Natureza, no entanto, acaba com os propósitos das grandes cidades, e vivendo com mais AI quem sabe possam almejar respirar mais aliviados, mas a ilusão também se torna fruto dessa inteligência, pois a AI veio com a ilusão das indústrias de simulação e dos games encapsulada. Portanto, essa própria e famigerada AI Ocidental encontra seus veios de contradição cultural tão arraigados que não adianta treinar em Universidades representativas das matrizes coisas similares ao que tenta se dominar nesse campo, posto o verdadeiro homem sábio vê naquele inseto efêmero e circunstancialmente e igualmente sábio a transformação mais concreta do mundo, quando permite que vejamos a Natureza por um viés transformador, pois quando um pássaro estiver crescendo no céu, basta transformar isso, na prática, em uma atitude positiva, ao invés de esquecê-lo para estar grudado na tela de um display...

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