quinta-feira, 2 de março de 2023

POESIA DA REVOADA

 

Posto que se fique, uma lata a mais, a noite gris
De látegos da não conformidade, do champanhe,
Da vertente do não gozo, ou do gozo não lembrado
Em que relembremos que o comércio é grande
E os negócios não podem parar, nem que se tenha
De inferir àquele tal a ordem de outro que se diz dono.

Não, tal a princesa libertária, em um palco de estrelas
Não se alcança jamais a que está no céu, distante
Do recorte de crepom daquela recortada por tesouras
E colada quase rosa no ensaio de um brinquedo quase de festim!

Que a arma é linda, o treinamento passa a ser a própria submissão
A que a organização não feneça qual possível rosa onde se empunha
Bem forte nas pétalas rubras, para que os espinhos só machuquem os tais
Que sangram pelo nariz as vicissitudes de outras eras, onde o que se queria
Era a redondilha do que seja, ao menos, uma conquista de ouro olímpica
Dentro do marmóreo escopo que originou o renascentismo de uma Pietá!

Mas os carros partem sedentos, das latas de corvos da noite, e preparam os dias
Vindo e esquadrinhando as possíveis possibilidades outras em que os empedernidos
Traquejam nas mídias os sorrisos farisaicos de certas verdades especulativas
Onde a notícia passa a não ser mais nada além do que se nega igualmente
Mas na esfera civilizada da experiência de quem já obteve seus alicerces de lata.

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