quinta-feira, 2 de março de 2023

FARÓIS DE AMIANTO

 

Antes de que as chuvas de outrora se avizinhem, as calhas musicais
Se aproximam dos rebitados encaixes daquelas telhas longas
Que percorrem o asfalto despejando a torrente da luz amarela
Mesclada com o branco da insanidade dos leds...

Qualquer arremedo da festa remediada para outro dia
Encontrará aquele olhar certeiro daquela mulher que gosta do exato
Nas suas engenharias de resultados, posto Mengele talvez lhe caiba bem
Em seus dentes daquele amianto onde sobram os pinos de titânio.

Catando as redes, o ourives tece das limalhas das luzes, o diapasão
Que já não encontra no amplexo feminino, tão farto da ausência do carinho
Que não muito tempo atrás era de praxe se encontrar na classe média dos desafetos!

Não, o não aceitar a classe inferior, que inferior de classificação, tarde não seria
Ao menos que teçamos uma poesia de linha igual a outra, na vertiginosa paralela
Onde por paradoxal que seja, as retas se encontrem em algum ponto
Antes de uma cunha regressa voltar a criar ruídos na engrenagem posta pela engenheira!

Mas sim, é de função de vernáculo que não conhece, ou conhece os limites de seu eixo
Que ensombra períneos avantajados pelas massagens de vultosos membros
Que porventura emanem de seitas igualmente avantajadas pelos séquitos perfurados pela vida...

O serenar das gotas que saem de tamanhas calhas, não resfolegam quais os lobos tranquilos
Que já derivaram no coito a sua tatuagem sem lembranças, onde aqueles que gostam dos cólons
São como perfuratrizes que a mesma engenheira comanda, por vezes experimentando a broca!

Assim a se dizer, qual não fora, a saída quase invectiva onde teria sido quase um cárcere
A questão sumamente espacial, mas o céu possa testemunhar, com o seu tecido de Krsna
Que além da pressuposição dos dias cinzas de chuva, os faróis de amianto retém o fogo
Que reverberaria a partir das baterias que ressurgem de neurônios convexos, mas inativos...

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