O ser é temática recorrente, por vezes
é o cerne e a questão abrupta da existência. Aquele que existe por
vezes simplesmente não é. O não falhar, por exemplo, é
característica de uma máquina, no que vem a ser uma ferramenta, um
ser de alavancas, funcional, distando do ser quase afetivo, que
transborde, que se deixe ser, de fato, que remonte algo a mais do que
a dita função. Disso de se pressupor peça, disso de se pressupor
resultado, infira grau de inteligência algo anódina, por vezes
ensaio, por vezes repetição do ensaiar, por vezes, no mais a força
bruta coercitiva, como conclusão do que seja, em si o fim em si, o
não ser do outro, o enclausuramento punitivo, por vezes com cunho do
preconceito, do prejulgar, do entendimento parco do outro… Função
primeira, o outro sendo produtivo, porquanto existente, postado no
trabalho intelectivo, alfombra teórica, coaduna com a máquina por
vezes, por vezes contesta, e nisso não há harmonização por mais
das vezes. O ato, a ação, a crítica, ao ser que sai e se porta,
não seria maior a vertente de se estar, mas a função o ignora, o
retrai e o lentifica, o desacelera, e o reprime, condição sine qua
non do totalitário, do escuso e da treva societária.
Ao menos
que um canal perceptivo leve o ser a ser, ao menos que o retroativo
não seja apenas o pago, a função do per si, a manobra, a
consecução, o jus e o parâmetro da conduta. Que fosse um dia ao
menos, e o homem ou a mulher fossem de fato o encaixe, a
possibilidade, mas isso se torna mais uma função de macho e fêmea,
duas peças, e isso deve ser realizado em outras plagas? Não sejam
os dias mais duros do que pretende-se o dia de um a menos, que errar
não seja julgamento, posto o totalitarismo é veia que entope, é
sangue que verte silencioso, é envelhecimento compulsivo arterial,
não se traduz nem ao menos com os versos que versem sobre a
libertação, posto envilecimento do proceder, e envilecimento do
ser…
Pois que sejamos ao menos em um dia, digamos o que há
por ser dito em sincero, não paguemos o pato em nada dizer, que
dizer faz parte de se ter algo na vida maior do que a circunspecção
solitária da brutalidade de se fazer algo pensando que outro foi
realizado, onde a farsa parte a fazer o ser coletivo virar concretude
abjeta, e o nada prevalece em memórias de registro, quando de fazer
parte já de rotinas declaratórias, o que o jus prevalece mais uma
vez em trânsito, o que não se pode, mas já em julgado! Óbices se
tornam brincadeiras, o vício passa a ser moeda corrente, e o
concreto é que um homem saia em si do per si a fazer valer o
sacrifício de ao menos tentar atenuar certos dramas...
terça-feira, 21 de fevereiro de 2023
A MITIFICAÇÃO DAS IMPOSSIBILIDADES
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