segunda-feira, 16 de maio de 2022

A MOTIVAÇÃO AO QUADRADO

 

A pressa opressa que se tem da pressa
Verte em um latifúndio de desditas quais
Para que não fosse exato o dia de amanhã

Ao que seja, de literaturas quais outras
Nos aspectos formais quais danças indiscretas
Mesmo que aparentemente não seja possível
O remontar de outras peças nas esteiras
De uma convivência e pacifismo correlatos.

Dessa correlação do certo e do incerto
Quais semânticas desencontradas descobrimos
Um tanto de tanto que nos desarvora o sonho
Quando temos por resguardo a noção exata
Medos e faltas podem redarguir o processo
Tal como a consonância de sentarmos a uma mesa
Sem saber se estamos de acordo com algo
Ou o que nos bate ao sentido acorda com o tempo!

Por mais que as palavras sejam anódinas e turvas
A questão não nos alterque com nada que não seja
O alfarrábio que nos mova a sermos quase dissonantes
Pelo altruísmo de uma escrita que se resolva por certo
Na relação inequívoca e peremptória de semiológicos conceitos
Sem, no entanto, darmos com a ciência em cima da lata.

A motivação quase nobre de estarmos em uma situação aberta
No sentido de afetos ao sermos quem somos, revela igualmente
Que a superfície de nosso caráter entenda melhor
Do que escrevermos em confusionismos quase herméticos
Linguagens que não nos bastam nas esteiras da adicção!

O que se situa na plataforma de um tempo quase neutro
Quem sabe seja a percepção de estarmos mais conformes
Com relações inequívocas enfeitiçadas de quimeras
Nos padrões da relativa anuência de crer ao credo.

Espiritualmente sejamos mais atentos ao todo que nos verta
Na situação esmerada de um requisito algo nulo
Como pétalas de topázio em fichas heroicas
Que conquistamos passo a passo, perdoando preâmbulos
Que equivocam o próprio conhecimento, hora a hora…

A senda é esta, nada menos do que o ressurgir de azinhavres
Que não emerjam de notícias que não sejam a vida ausente
Em que por merecimentos do esforço, a própria poesia duvida
Quando surge de um nada ao estofo daquilo inicial na jornada.

Não, que o oposto não seja ao quadrado, mas que os quadrados
De nossa existência compareçam, nos endereçamentos de união
Em unidades relativamente menores, mas porventura efetivas.



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