Qual não seria um lençol de cetim acetinado
Em
uma água profunda sob o leito de pedra
Marmórea que fosse, que
fosse de Carrara
Onde Miguel Ângelo, mesmo que descobrira
A
rocha de Pietá não ousaria retirar da terra
A obra maior,
platô da Natureza!
Livre é a compreensão, nem que a
arte seja
Algo maior do que a versão mais recente do que e
novo
Na questão de que um pensamento de Joyce
Refaça o
tempo de se estar fora da proposta do mundo.
Este mundo,
qual deste mundo são eles, os mundos?
Escrever, para um
escritor que possui seus tempos
Não é script de ação, não
é roteiro de paráfrases
E não vincula novidades soturnas de
vias outras
Quando o que se pensa em um minúsculo gigante
país
É a verdade de um sim e um não e talvez outro
não…
Manada inconsútil, frentes inquietas de um
tempo
Em que não regresse a vida interminável de uma
adequação
Que nos ata grilhões de papel machê, que nos digam
algo maior
Do que aquilo que se nos espera no voo maior de um
albatroz
Que decola com o auxílio do vento, e há tanto menos
deles
Multiplicando-se as multidões humanas de imigrantes
Que
sabem ao menos que a questão maior e melhor
É saber-se livre
dentro de um cárcere de compromissos,
Mas daí vem a libertação
de uma palavra que não silencia
Nem os ossos que turgem com o
frio do surgimento do inverno.
E Miguel, o Ângelo, em
suas vestes pintadas de óxidos feridos
Quanto de terminar
Moisés em seu outro Carrara, diz: Parla!
E a mente
de um autista se torna um universo,
E os buracos negros se
revelam em um cientista com paralisia progressiva…
A
vida em liberdade parece simples como, dizia Raul, dar pipoca aos
macacos
Em um zoo em que nos encontramos a nós mesmos nos
divertindo
Na curiosidade de ver animais expatriados e
encarcerados
Mas que na voz de um poeta a formiga é mais veloz
do que o alazão!
Posto ver a terra e ver o ar, e ver as
infelizes gentes querendo subir
A tronos indecifráveis, a
escalas que não se revezem sempre
Quando um líder apenas
acredita não acreditar que possa passar o bastão
Na sua
empáfia de amarrar humildades de chumbo que se viram em ouro
Bastante
em um olhar de um bom alquimista que transforma o sofrimento em
liberdade!
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