O
pão da obra, o obreiro canta
O pão que dobra, que ganha
Na
juta tece o obrador
Que não se ressente, e a lida
Não
fenece no carpinteiro da vida.
Não, que não haja
mais rima rice e pobre
Posto a poesia ser semântica nem sempre
discreta
A que se ponteie a não intoxicável vereda!
No
pão que ajuda a juta
O índio peão, a flora nativa
Que se
mude um quinhão devastado
E que sejamos, apenas, o que a
árvore
Passa a ser madeira, substrato, espoliada vida
Naquilo
que antes possuía raízes
E que porventura estamos
longe
Cheirando apenas um clima de velcro
Amaciado por um
ar-condicionado:
No micro-clima
ginasial de entressafra ozônica.
Posto ser
emblemático um apocalipse
Em que alguns assistem embevecidos a
devastação
E ainda chegam a tomar partido em guerras
Dentro
do seu pífio conforto sexual ensaiado
Pelas garras que não
subentendemos tanto
Haja vista faltar a compreensão ao menos
mínima!
E a
juta ajunta nós, na gravata do tempo esquecida
Ao que se compre
o pão com a venda do cesto
E se coloque um pouco mais cesto e
pão
No entremeio que dê mais certo, que o peão poeta
Não
tece a teia, mas ponteia no verso que se mostra.
Algum
significado preste, alguma folha não seque
Na algibeira de um
trabalhador de ofícios
Quais não sejam exatamente outros e que
estejam
Consonantes com os favores de outros níveis
No
entrelinhamento de palavras que não sejam vis!
Haja
olhares soturnos e fatídicos
No sumo que cresce,
Na veia
dilatada
Nos arranjos distantes
Em ocasiões de perímetros
deslocados
Quanto o que se espera é ver e crer
Quanto o
que se espere é algo maior
Do que deixar crescerem os
inauditos
Com suas procelas equânimes de resultados
algébricos
Que consolidam vestes cor do mato
Em que crescemos dia a dia
Por fazermos a diferença de um dia a outro dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário