segunda-feira, 30 de maio de 2022

A RELAÇÃO INEQUÍVOCA DA POSSE

A terra que caminha
Em torno da Nau solitária em sua veste
De ruminador soturno e expectativo
Ao show que começa um turno
E retorna na vida experienciada
Por uma via da noite e do dia.

A exemplo de uma experimentação diária
Na questão da vida não nos sentimos sempre
Quando a mesma vida não nos leve à compreensão
Daquilo que a compreensão mesma nos conduza
A uma esfera tão distante que a mesma via reduz
Uma geometria que nos verte para um espaço de luz.

Ver como se origina a vez de uma questão de cansaços crus
Não nos revele que a poesia feneça como uma flor
Em que na verdade apenas Deus conheça, e todo o interesse
Quase nada dadivoso, seria a aceitação inóspita de que se faça
De um enfermo uma condição privilegiada depois daquele ter sofrido
O pão que não desejemos para ninguém, mas que a recuperação ser fruto
Apenas de suas lutas consigo mesmo, quando não comparecemos
Com o mínimo de humanismo que no planeta não se suporta o tanto de ser.

Há um problema consonante, de que uma palavra não possa existir
Sobrevivendo com a solidão de versos que alcançam algo que seja
Quando se tem por uma suposição de que uma máquina funcione
Para que outros possam fazer desfilar a naturalidade de suas desavenças.



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