Quantos seríamos nas páginas do
tempo, quais, sejamos o quase sempre, será que sim, será que não?
Os escritos de um escritor navegando por um mar imenso, quase
intransponível, e que abracemos o tempo, posto na vivência
cotidiana de uma sobriedade, seis meses de navegação ainda não são
suficientes, haja vista haver maiores e muito maiores tempos na
superfície diamantina de outros heróis. A abstinência começa a
ser tarefa menos difícil, e o Cabo das Tormentas já foi
esquadrinhado, mesmo que na história de um, de dois, de um milhão
de homens e mulheres… O repouso, mesmo que não se durma o
suficiente, torna-se viável, torna-se normal, mesmo com outros
acréscimos, mesmo que padeçamos de outros males: tal qual cuidarmos
de quem amamos, um sacrifício diamantino da vereda, uma situação
inegável da tarefa a ser cumprida! A
árdua tarefa que no início é gigante e depois se torna maior
ainda, visto o moral estar agigantado, e o ego há que ser
desinflado, conforme o inventário mais puro e mais importante nessa
questão serena de expormos nossas vidas perante o Altíssimo, nosso
Senhor, o Cristo Rei. O que antes era apenas o Seu sacrifício hoje
ponteia sob Jesus Alegria dos Homens de Bach, o grande compositor do
Barroco, que incluso pode ser tocada a melodia para quem não possui
maiores ouvidos, ou maiores habilidades musicais.
Visto
ser predileção da poesia o “Inverno” de Vivaldi, há de se
acrescentar que aquele homem que goste de escrever
para quem houver que leia, e que possua essa sorte, que escreva o que
lhe der de gosto, pois estamos em uma sociedade livre e aberta para
as artes, incluso a arte do pensamento vivo, daquilo que esperamos
acontecer desde priscas eras, ou mesmo desde tempos um pouco atrás,
em nossa história, muitas vezes não relatada em sua profundidade,
mas que guarda em si o enaltecer de nossos caminhos rumo à
sabedoria, rumo à coragem e rumo á serenidade. O
equilíbrio que guarda o cadarço dos nossos pés remonta ao
sincrônico e mimético tom da simetria, coisa que não nos
apercebemos com a variante mesma do que existe nessa vereda de
grandes luzes. Apesar de alguns adultos se comportarem como crianças,
na realidade essa é uma versão que
equidista do previsível posto nos anais das desavenças já
encontramos na história essa infantilidade que faz um ser humano ser
predador de outros, fato confirmado em vários complexos da
psicologia, ou mesmo da necessária e pungente psiquiatria. Um homem
como Franco, na Espanha do século passado revela isso, como a
contundência do seu comportamento revela para todo o sempre, e que
guardemos em nossa memória que isso pode voltar a recrudescer em
qualquer república, principalmente naquelas onde grassa a
ignorância.
No entanto, o supracitado equilíbrio nos dá o
gosto da revelação de um Ser Supremo que é Krsna, e suas variadas
formas, incluso a divindade de estar citado em escrituras já há
muito consagradas na Índia, desde antes da civilização tal como a
compreendemos no imo do materialismo que é o que nos revela a
contradição inerente da não aceitação do fato de sermos seres
espirituais, como nos mostra
o semblante da
espiritualidade mesma, tal qual é! O fator revelador da religião é
o religar-nos com Deus, o Senhor de nós e de todos, a fonte de
inspiração, o fazer crescer da montanha de cada qual que somos
unos, a plataforma do bem querer a todos, a superfície tênue de ser
exatamente como somos, em nossa essência…
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