terça-feira, 1 de março de 2022

A CONSEQUÊNCIA DE UMA ATITUDE TÍBIA

 

          Haverá sempre uma luz que assombre as trevas da ignorância no palco em que o retrocesso anímico, de ordem espiritual aninhado entre as tibiezas de um milênio que se desgasta paulatinamente... Essa luz será sempre possível posto se aproximar da claridade no contraste natural das coisas em si. Nesta performance incrivelmente paradoxal e, no entanto, dentro de uma previsibilidade corrente enquanto utilização da latência de forças opostas, aponta a dualidade própria que faz recrudescer apenas o radicalismo e a intolerância entre essas mesmas forças. Torna-se por vezes quase compulsório termos que assumir posturas, pois a neutralidade neste caso não é muito aceita em questões dessa ordem. Em consequência desse fato a mentalidade beligerante arrasta bolsões de adeptos das circunstâncias, clamando por vezes à anuência de mais e mais forças opostas, gerando mais e mais o moto-contínuo das contendas, que passam a ser e fazer parte dos desfechos quase imateriais e tíbios enquanto sem a criatividade e total ausência de uma sensibilidade diplomática. Essa questão aparentemente complexa apenas revela um escape de geringonças de guerra que as sociedades vertem por encima dos panos quentes de toda uma existência em que certos objetos calcinam sua validade e criam a oportunidade de vencer refugos. O uso obstinado da obsolescência dos materiais em certos e críticos lugares ou fronteiras revelam sem tréguas que se mostrem as relações de Poder incauto e generosamente fraudulento, na farsa sem medida desse tipo de concretude.
          Fartamos em nosso caráter de um imo forte e necessário para vencer obstáculos em nossas frentes com relação – principalmente – ao nosso entorno imediato. Derivamos por vezes em não cumprir com a inventariante obrigação de espelharmos a nós mesmo o nosso caráter, para que – como um observador sensato – façamos o mea-culpa de nossas atitudes, mesmo dentro de um fraquejar de nossas ações dentro do escopo social e dos contextos críticos que encontramos em nossos caminhos, mesmo que estes estejam obscuros com a dúvida e o retrocesso moral. Esta não é uma condição relativa, porquanto indispensável a que vislumbremos a estrela guia em nosso fundo de poço, quando este por ventura possa ocorrer. Jamais pode haver um espaço a que soframos tanto que não suportemos, pois uma mão pode estar onde menos se espera, e é obrigação existencial de um homem ou uma mulher abraçar a possibilidade de se doar, se entregar a exercer a possibilidade de ajudar o próximo, sem olhar para quem e dentro das limitações impostas. Assim como, em um gesto de releitura se possa ver aquele que não existe e trazê-lo para a cena, ou verificar cabalmente que o ser e o nada não são os mesmos, nunca! Soframos sob os aspectos da senda a que nos propomos, pois assim é um pouco a solidão dos sentimentos, mas que sejamos felizes mesmo sob esse sofrimento, e atenuemos nossa cruz que carregamos, por vezes quando vemos nosso próximo a sofrer, quando presenciamos que a miserabilidade se torna real a cada dia que se passa. Assim como, em um projeto qualquer enunciamos a meta linguagem que nos resida no peito, e que a consertemos para que se torne uma fala inteligível, acessível modestamente e verdadeira. Nada do que um bom teórico da linguística analise a provável correção de uma linha, posto não estarmos dispostos nem mesmo a análises da ciência perscrutadora daqueles senhores que prezam pelo mundo tomado através do empoderamento tíbio e circunflexo.
          Apesar de sermos o próprio existir consubstanciado com proximidade a outros seres, estes não podem registrar no leito que lhes chega na verve da inteligência em se portar, um registro de palavras salutares e com a discrição do retrato que queremos de nós mesmos quando nos vemos dentro da esfera destes detalhes que circunscrevem o pensamento racional. Por mais que soframos em determinadas camadas de nosso ser, espiritualmente sejamos felizes, pois encontraremos dentro da Divindade a possibilidade concreta de nos relacionarmos com o Altíssimo e seus ministros… Não precisamos de uma escada longa para alcançá-Lo, mas apenas de uma fé inquebrantável que torna a atitude progressiva o mote de mais um dia apenas pela nossa frente, em questão de paz, honra, e vitalidade com a atitude que remonte os nossos afazeres e nossas obrigações como cidadãos do planeta que somos!


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