Haverá sempre uma luz que assombre as
trevas da ignorância no palco em que o retrocesso anímico, de ordem
espiritual aninhado entre as tibiezas de um milênio que se desgasta
paulatinamente... Essa luz será sempre possível posto se aproximar da claridade no contraste natural das coisas em si. Nesta performance
incrivelmente paradoxal e, no entanto, dentro de uma previsibilidade
corrente enquanto utilização da latência de forças opostas,
aponta a dualidade própria que faz recrudescer apenas o radicalismo
e a intolerância entre essas mesmas forças. Torna-se por vezes
quase compulsório termos que assumir posturas, pois a neutralidade
neste caso não é muito aceita em questões dessa ordem. Em
consequência desse fato a mentalidade beligerante arrasta bolsões
de adeptos das circunstâncias, clamando por vezes à anuência de
mais e mais forças opostas, gerando mais e mais o moto-contínuo das
contendas, que passam a ser e fazer parte dos desfechos quase
imateriais e tíbios enquanto sem a criatividade e total ausência de
uma sensibilidade diplomática. Essa questão aparentemente complexa
apenas revela um escape de geringonças de guerra que as sociedades
vertem por encima dos panos quentes de toda uma existência em que
certos objetos calcinam sua validade e criam a oportunidade de vencer
refugos. O uso obstinado da obsolescência dos materiais em certos e
críticos lugares ou fronteiras revelam sem tréguas que se mostrem
as relações de Poder incauto e generosamente fraudulento, na farsa
sem medida desse tipo de concretude.
Fartamos em nosso caráter
de um imo forte e necessário para vencer obstáculos em nossas
frentes com relação – principalmente – ao nosso entorno
imediato. Derivamos por vezes em não cumprir com a inventariante
obrigação de espelharmos a nós mesmo o nosso caráter, para que –
como um observador sensato – façamos o mea-culpa de nossas
atitudes, mesmo dentro de um fraquejar de nossas ações dentro do
escopo social e dos contextos críticos que encontramos em nossos
caminhos, mesmo que estes estejam obscuros com a dúvida e o
retrocesso moral. Esta não é uma condição relativa, porquanto
indispensável a que vislumbremos a estrela guia em nosso fundo de
poço, quando este por ventura possa ocorrer. Jamais pode haver um
espaço a que soframos tanto que não suportemos, pois uma mão pode
estar onde menos se espera, e é obrigação existencial de um homem
ou uma mulher abraçar a possibilidade de se doar, se entregar a
exercer a possibilidade de ajudar o próximo, sem olhar para quem e
dentro das limitações impostas. Assim como, em um gesto de
releitura se possa ver aquele que não existe e trazê-lo para a
cena, ou verificar cabalmente que o ser e o nada não são os mesmos,
nunca! Soframos sob os aspectos da senda a que nos propomos, pois
assim é um pouco a solidão dos sentimentos, mas que sejamos felizes
mesmo sob esse sofrimento, e atenuemos nossa cruz que carregamos, por
vezes quando vemos nosso próximo a sofrer, quando presenciamos que a
miserabilidade se torna real a cada dia que se passa. Assim como, em
um projeto qualquer enunciamos a meta linguagem que nos resida no
peito, e que a consertemos para que se torne uma fala inteligível,
acessível modestamente e verdadeira. Nada do que um bom teórico da
linguística analise a provável correção de uma linha, posto não
estarmos dispostos nem mesmo a análises da ciência perscrutadora
daqueles senhores que prezam pelo mundo tomado através do
empoderamento tíbio e circunflexo.
Apesar de sermos o próprio
existir consubstanciado com proximidade a outros seres, estes não
podem registrar no leito que lhes chega na verve da inteligência em
se portar, um registro de palavras salutares e com a discrição do
retrato que queremos de nós mesmos quando nos vemos dentro da esfera
destes detalhes que circunscrevem o pensamento racional. Por mais que
soframos em determinadas camadas de nosso ser, espiritualmente
sejamos felizes, pois encontraremos dentro da Divindade a
possibilidade concreta de nos relacionarmos com o Altíssimo e seus
ministros… Não precisamos de uma escada longa para alcançá-Lo,
mas apenas de uma fé inquebrantável que torna a atitude progressiva
o mote de mais um dia apenas pela nossa frente, em questão de paz,
honra, e vitalidade com a atitude que remonte os nossos afazeres e
nossas obrigações como cidadãos do planeta que somos!
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