quinta-feira, 10 de março de 2022

A ANIMOSIDADE DO NADA

 

Nada do em si signifique tudo do que paulatinamente somos
Quando, nas vitórias do dia a dia, se apresentam desafios irreais
Que, em uma questão mais agigantada, nos perguntamos qual será
Um platô que signifique a alma mesma da humanidade que está!

As aparentes dificuldades e suas escalas de uma fala inconsútil
Veríamos mais do que estarmos na mesma medida do utilitarismo
Que vem, por vezes, em torno de uma peça, por vezes no dente engrenado
Ou mesmo, por suposição singela, na couraça que sempre reveste a razão…

No entanto, por mais que achemos a graça de a estarmos alcançando,
Outras graças se apresentam de modo a darmos por sermos mais seguros
Na contingência mesma da força de uma máquina que acaba por funcionar!

Essa máquina por vezes pode remontar a falhas de ordem mecânica,
Fusíveis não posicionados, plantéis que suportem nossas falhas humanas
E outras, porventura quase infinitas que supõem as estrelas
Que esquecemos sobre um lindo regaço feminino…

Nada do que se vê sabe melhor
a uma aura de medidas desconhecidas,
Como quando reservamos nossas forças acima de todas as cautelas necessárias
No quanto de redarguir que seja a forma de uma querência decente
Ao nos depararmos com a existência inalienável do indivíduo e seu coletivo!

Não há argumentação contra um libelo de libertação que floresce
Sempre, em cada primavera de nossos dias, nas vinte e quatro horas
Que nos acalente de modo a suar as flores com a ternura da bondade.

Toda a estimativa do ódio e do desejo de prejulgamentos
Fenece a cada tentativa estoica daqueles que primam pela liberdade
E não será através de uma dureza de caráter renitente
Que estaremos aptos por outros a respirar de forma absolutamente vital.

No que o verso possa redimir a esperança das gentes novas que chegam
Estabelecemos o criterioso e formal modal de não criticarmos
Coisas que não são criticáveis, pois não pertencem ao injusto proceder
Como a retaliação contra toda uma sociedade que busca se libertar de seu jugo.

Como na verdade o nosso caráter depende de nosso bem-estar
A poesia pode reencontrar-se com o verdadeiro panorama belo e fértil
Ao que resida na reprimenda não encontrada do ser para si e para o próximo...

Que nesta ocasião não reservemos mais as forças que vêm para o bem
Quando não nos ressentimos mais do que saber que a vida vem para melhorar
Dentro da superfície tênue e na verdade pétrea dos segredos da democracia!

No ensinamento mesmo de que não residamos no conflito permanente do saudosismo,
Revisitemos nossos conceitos que fazem por denegrir a plataforma do que é
Quando acidental e ofensivamente queremos que a força bruta impere no planeta.



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