Cabe a um facho de tíbia luz
Arrefecer os
ânimos de escaladas
Onde o gelo não solidificou totalmente
Ou
onde – bem quiséramos – se torna breu…
Não, a cada
minuta das investidas dos sem horas
A poesia toma as rédeas em
posição nunca vista
Sob o umbral que alguns pensam ser de
pedra
Mas que de plástico seja mais palatável a estrutura!
Do
que o poeta pense não importe tanto,
Pois o âmago dos sem
horas não revele muito
Nos olhares concentrados em realizar o
lavoro
Na imensa corrida sem largada e sem pódio.
O
ósculo de traição que nos espera seja ao menos
Salutar sem
ser do selinho pro forma dos anjos
Nem algo melífluo similar a
uma mesa de jantar:
Onde os copos não
se erguem da copa
E nem caminham sobre o piso inquebrantável do
concreto.
Seria, sim, algo de temores escondidos em
reminiscências
Na cor lapidada de reforços em naus
trigueiras
Ou na vida daqueles que não escondem o intrincado
jogo
Onde os mananciais da certeza se perdem nas razões de
cristal.
A cinco e tanto e mais um pouco erigimos uma meia
ponte
Em que se somam mais e mais dias para confabular a
veia
Com a outra que se encontra em pulmão salutar
Quando
de sabermos que nem todo o cigarro é proibido!
Assim
seguimos, ao prumo de contendas secretas
Na voz e no infortúnio
de estarmos atentos ao nada
Quanto do merecimento de cada
escala, dentro da possível ordem
Que nos remeta ao vocabulário
estendido por questões
Em que tecer limites na desforra é
descalabro da ignorância.
Seríamos factíveis de saber
que nossas vidas são geradas
A princípio na inocência do
amor, e que essa premissa
Não seja guarnecida pela insistência
da hipocrisia
Onde julgares são cometidos a cada instância
antes da primeira…
Nisso de sabermos quem somos e onde
estamos, lembremos
Que na versão do ser ou não ser, onde
ficaremos no nada
Quando de cada passo em cima do cimento e dos
pequenos matos
A vida não encerra em si um término, pois antes
seja merecedora
Das questões próprias de um tipo de acaso e de
promessas
Não cumpridoras do afeto que sabe melhor às
frentes
Mas jamais poderá dizer o que é melhor para a luz de
ré!
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