De
talhar-se a um humor qualquer, de outros humores
Na
contenda de nos sabermos fortes a qualquer minuto
Pois
que de luta seremos mais fortes na opressão de nosso peito
Quando
nos apercebemos que nossas vestes não são distintas.
A
um que pertença em sua força, a outro que é forte em vida
E
outros – esquecidos – vestem o soturno véu da morte
Sem
receberem póstumas homenagens pois são maiores...
De
outros que transudam humores psíquicos na sua busca
Em
compreender o estranho preconceito atávico em outra voz
Que
não silencia e nem dá tréguas em sua covardia inepta
A
saber, que para isso temos que conhecer a sociedade...
Se
há homens e mulheres que guardam para si os seus rancores
Que
ao menos dialoguem no interno e no externo de suas latitudes.
E
se essas posições não lhes confiram quaisquer modos libertários
Passem
a saber que quando leem desta palavra: liberdade,
A
vida começa a partir de um princípio atemporal, sem idades...
Das
lutas que os trabalhadores empenham em suas grandes horas
Há
no mesmo diálogo a cromaticidade de um verso que tenham por ler
Em
um significado simples e conforme com as esperanças
De
que um dia falem de vitórias mesmo em meio de pequenas derrotas!
O
mundo claudica, empaca qual uma verve em que não se encontra
Aquele
paradigma que nos insufla por vezes a incompreensão,
Naqueles
temas em que – a se aclarar for – estão abertos
Em
uma mescla de virtudes e tolerância necessária e cabal.
E
se a uma palavra perdem outros o seu precioso tempo na interpretação,
Saibam
estes que não basta decodificar um sentimento ou barrar a arte
Com
o único pensamento de que estarão servindo a um motivo
Que
surpreende pela qualidade técnica, sem saberem das suas próprias.
O
verso é como uma metáfora de um cristal sereno, que se esvai
Em
um tempo que solidifica a ternura de outras palavras no peito
Em
que outros o saberão em suas duras penas, o pesar intenso
Que
dá lugar ao contentamento quando veem o peso ser feliz!
De
irmos ao mercado obter do alimento, que não se baste apenas isso,
A
uma sanfona sincopada com o triângulo, saibamos que as regiões
Não
serão suplantadas pela cristalização de velhos no poder
Em
que na Verdade não giram máquina, nem erguem casas.
A
sabermos de um outro diálogo, que muitos seremos a tanto,
Pois
saibamos que um dialoga com os versos, pondo-se no lugar
De
certo sofrimento, mas nada que se compare a uma realidade
Em
que tentam dissuadir os fortes a serem sempre mais tíbios.
Não
há porque temer, companheiros de sendas, pois que os olhos
Nos
encerram na dimensão mesma do infinito, sendo o máximo
Apenas
o fechamento de uma questão, que serão estas quase eternas
Mas
que o sempre nos situe como palavra assaz verdadeira!
Há
que se prediga, mas muito de alicerce já está firmado na terra,
E
onde queiramos nos referenciar de vozes com mais timbres
Saibamos
que aqueles que vivem para lutar se entendem
Na
mesma plataforma de outros que lutam para viver...
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