Que
nos digam as notas, sendo de notação ou outras de academias
Mas
que nos passem os parâmetros de rotação de outra proposta
Que
venha a dar no sentido a que nos imputem ao menos a lógica
Em
que o quadrante do qualificado homem não a possua toda...
Que
o homem não a possua toda, essa é a temática do conceito
Em
que nos perdemos em informações que vão contra a ciência
Do
teor democrático do conhecimento que quase sempre se dita
A
uma performance irredutível de estar o mesmo encerrado nos dias.
A
dia que um dia não passe que não saibamos que outro guri
Descalço
pelos passos da incerteza não poderá comprar a merenda
Que
lhe permitiam para que ao menos possuísse o tutano necessário...
Incertidumbre seria palavra
mais bela a que o costumbre nos
unisse...
A
incerteza de não termos nossos papéis nos jargões de metáforas
Em
que a mesma lógica reducionista dos mapeamentos matriciais
Nos
informam que somos algo mais do que o código de barras
Quando
este encapsula o próprio ignorarmos que temos CPFs.
Saberemos
mais de outras calotas, agora de aço texturizado
Em
que uma dimensão nos dite que não seremos mais tantos
A
que não possamos ser o suficiente, pois seremos muito mais
Do
que a própria parecença do ser, que não nos ressintam o fato!
Não
se trata de poesia verborrágica, pois temos que pasmar
Que
a linguística apenas nos obriga a que não fujamos da verdade
Em
que o tempo todo nos ocultam, botando um embutido de soja
Nas
nossas goelas famélicas de palavras afins com a ternura.
Será
que teremos que treinar como antônimos autômatos
E
sermos mais inteligentes com seres anódinos em uma superfície
Em
que os neurônios possam ser catalogados como uma tampinha
Quando
bebemos de uma água em que a cor signifique algo?
Teçam
planos, camaradas, teçam a poesia, não pensem demais
Que
a prática manda que saibamos de antemão que sabemos muito
Quando
deferimos nossos atos na circunscrição de um metro e meio
E
conquistamos no saber uma área de arte equivalente à literatura!
Aos
que possam, à paz merecida, que a veia de um cárcere
Possui
a possibilidade de estarmos em uma posição assaz neutra
Quando
pensemos que há céu e há chão, e que este possa ser concreto
Na
construção em que um tijolo fala ao pintor diverso da pena...
Nada
será sempre do mesmo modo, pois na mirada soberba de um ar
Saibamos
que a inspiração do mesmo pode ser a vida soprada em dois.
A
saber, a poesia nos acompanhará sempre, de dentro e de fora:
O
dentro quando está fora, e o fora sempre quando de dentro se vai...
Não
há de casmurrice nas comparações, companheiros, pois de ondas
Se
faz o mar, e um quando sente o sangue pulsar na veia sabe
Que
o poder é infinitamente inferior no critério administrativo
Do
que a verdade mesma que não nos tira o sono para organizarmos.
A
poesia é longa, e longo é o processo das verdades encobertas
Que
deixam suas cristas duras de cristal sob as águas da intolerância
Quando
não deixam de medir esforços para nos cooptar na ignorância
Do
consentimento atroz de deixarmos passar com dó no peito o mal.
Saibamos
todos os das sociedades contemporâneas que o moderno
Suplanta
vossos conceitos de liberdade do culto do consumo luxuoso
Quando,
saibam, o prato de sua ong ilusória não alimenta a esperança
De
uma criança que está no meio de vinte milhões de não miseráveis!
Uma
acha, um archote que ilumine a musa, das musas que não tive,
Que
são tantas que me resta a posição de peão infesto no tabuleiro
Onde,
no pretenso aprisco me condeno a simplesmente ser feliz
Por
saber que certas palavras queimam minha fronte como magma...
A
um erro, não erremos muito, pois um erro não é nada, viver
É
como errar em cada instante, e apreender ensina o que vemos
E
quando retornamos a um instante voltamos a dar uma nota
A
nós mesmo, um dez de diamante que nos encerre um esgar.
Ah,
sim, por que não fazer sucumbir a poesia em cada estrofe
Para
que saibam que a cada interpretação sucinta nos sintamos chefes
De
algo que participa, de uma roda histórica com a de Watts
Nos
tempos em que se questionou o tear mecânico e a espoliação...
A
nota mi não claudica se não a segurarmos firme em seu ego
Que
dita que sejamos algo parecido com jargões intelectivos
Em
que na verdade não saibamos todo o processo histórico
Em
que já somos agentes ou atores com o personagem incauto.
A
dez, a nota cem, milhares de notas voando por um sopro flamengo
Em
que teríamos apenas que revisar nossos antepassados nobres
Quando
em seus castelos vinham a dizer que a gleba é pouca
Para
o reparte do quinhão em que vimos a merecer há muito.
Do
torto se viu umas notas escapando pelas cuecas de um malandro,
Vimos
uma nota de cem na roupa íntima de uma dama, vemos um quê
De
notas francesas pipocando em antigas Argélias nas noites africanas
A
ver igualmente que não vimos mais outras que nos recebam com fé!
Pois
que se dê a nota máxima a quem ouve do não pertencido
No
que pertença a outrem que se ri de tudo quando lhe perguntam
O
que é do concurso a outros concursados que recebem os votos
Que
os magistrados coadunam com os montantes diários recebidos!
Se
é de palavra, a nota é mais para quem deu o golpe, uma nota lá
Que
não é daqui, nem seria mais uma nota que desse algo de se notar
Quando,
nota-se, o golpe – a repetir – se traduz em algo obsoleto
Na
existência inócua daqueles da corda bamba em se poder absolutos.
No
absolutismo a um e a dois se transmuta em que falsos líderes
Só
bancam lideranças entre os seus, e os que antes tocavam seus tímbalos
Bancavam
as mesmas tramontinas que enfeixam janelas de condomínios
Onde
o contato com o povo se faz através das novelas e séries de TV.
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