quinta-feira, 23 de junho de 2016

ALGUM PONTO DE OUTRA VISTA...

            Mereceremos mais atenção quando redobrarmos nossos esforços em tentar conhecer melhor os aspectos centrais, ou cabais dos troncos de onde se erguem nossas sociedades. Comecemos com nosso corpo: templo de nosso espírito. Este possui suas frentes reveladoras, e um dar-se conta de partes posteriores em que não vemos o nosso sul. Considere-se que porventura temos uma bússola que nos orienta em nosso norte, e a mais, um sul que não enxergamos no exato instante de nosso referencial corpóreo. Arremata-se, nessa questão, um parecer saudável quando nos dermos conta de algo não sabido! Algum ponto de vista de um ser mostra uma relação infinita, não apenas nos canais perceptivos humanos, como no infinito referencial perceptivo de outras realidades, de outras espécies: do ser natural em si. A essa compreensão podemos citar o holístico, ou a harmonia, como algo que se aproxima, mas que tangenciará o concreto como aproximação inequívoca de um distanciamento conceitual. Ou seja, a verbalização, ou tomada de informação científica apenas é uma questão de registro, mas torna-se obsoleto qualquer perscrutar mais acurado se não andarmos com as pernas disciplinadas e coerentemente, em busca do conhecimento ausente de critérios que nos ofusquem...
            O corpo humano por vezes navega como um barco, voa como um pássaro, e tem no seu cerne o pensamento, uma lógica que aponta vários caminhos que vão além dos operadores booleanos ou nos condicionantes if e then. Podemos arguir: tudo ok, bom, bem, e outros tantos condicionantes de uma sintaxe que possui em seu perfil um traço inequívoco de um lócus que trabalha o ser humano em profusa questão de situá-lo em uma modernidade. Dando-lhe as muletas mas não o ensinando a andar... Parece que a crítica não embasada em academia não mereça consideração, mas equivoca-se quem assim se posiciona, pois mede apenas o padrão do que se digere, mas não a dimensão mesma do conhecimento concreto quando se compreende as máximas e mínimas do viés do laurel. Dante não estudou em Oxford e Leonardo não fez a Academia Julien. Marx leu e releu, e o que escreveu não lhe deu um assento condigno imediato. Houve voraz recusa, ou seja, não pensou no sucesso e nem o fez para tal, a farsa ilusória da fama, no imediatismo daqueles que apenas repetem os padrões de sua época.
            Quando se estuda algo mais profundamente, o ponto de vista tem que vir de uma totalidade, mesmo quando focamos em alguma questão pontual. Do mesmo modo que um arquiteto saiba projetar casas: se for um profundo conhecedor da Natureza e sua preservação será mais consciente da matéria, e com espírito indômito de realizador. Seria igualmente um bom urbanista, visto que as especialidades por vezes nos jogam para todos os lados, e o que vem a ser a integração dos sistemas só funciona nos aparelhos burocráticos, onde se desmonta um criador para se “remontar” sua obra e vida! Por exemplo, a partir desse conceito, queremos uma enciclopédia, mas que não seja a Wiki. Não gostamos de seus filtros e administradores para alguns assuntos, assim como podemos contestar algumas empresas poderosas estrategicamente de telecomunicação. É um direito que nos assiste, mesmo sabendo que seja aquele algo diluído por relações de força desproporcionais, falando-se individualmente. Assim como com relação às propagandas enganosas, as notícias parciais e o entretenimento manipulador. Pois isso tudo revela, sob o ponto de vista da realidade concreta, a perda da sociedade livre e a permanência do totalitarismo plutocrático e fascista.
            Veste-se o caráter de uma mudança quem possa ter uma altura suficiente para ver mais de longe... Há que se pousar no chão, pesquisar, estudar em lócus. Mas o mesmo caráter do homem ou da mulher que sabem bastante sobre muito, merecem em sua defesa a arguição de porventura abrirmos as janelas para que todos possam se tornar mais e mais conscientes, pois a inteligência é irmã da democracia e filha única da justiça. Não é quando passamos em uma grande universidade que seremos mais inteligentes necessariamente, mas quando convivemos com harmonia sincera com um estudante pobre que senta-se ao nosso lado em aula, na mesma Universidade. Aceitemos reformas em nosso imo, no cerne do que de modo coletivo e individual tínhamos como exatos os antigos conceitos anódinos culturais de justiça social. Se não nos revelarmos justos com o próximo não procede que queiramos efetivamente mudar para melhorar este estado de coisas. Tudo que se nos fala por vezes se encobre, e o que falamos tece uma malícia de ensaio, por vezes para agredir a outros, na linguagem doce que se apresenta crua e endereçada à história de um cidadão, em entrelinhas nem sempre cruzadas. A mesma história superficial da obtenção de informações, onde se mede o poder... Nada mais do que essa constatação que pode conter algo de genérico, mas é ipsum facto.

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