terça-feira, 12 de novembro de 2024

A NATUREZA E SUA EXATIDÃO


               Qual não fosse, os troncos seculares subtraídos da mata, e tudo o que isso significa perante um tipo de bioma onde as coisas se procedessem pelo viés do que não era apenas a Natureza o elemento citado, mas as consequências previsíveis do ato do homem, a busca de se construir uma casa de madeira de lei, a exportação cruenta do fruto da devastação e o retorno a uma barbárie, onde despois de desmatada a floresta a queimada põe finalmente a pá de cal sobre o clima do planeta. No entanto não seria bem assim, pois enquanto o nó que subentende a antilógica de alguns sistemas lógicos da dominação, que subentende a expropriação do país e da Amazônia, com seus capitães do mato a postos para guarnecer os tiranos a mando de outros sistemas conexos com essa dura realidade, no Sul as coisas não evanescem o espírito, e a mesma formiga única e solitária tece a mesma linha de comando para que a mesma Natureza do Norte seja recriada a partir do húmus restante, rebrotando de superfícies tênues, e reaproveitando, já dentro da esfera da luta, a luta em si e tudo o que a resignifique, porquanto aquilo que não nos deixaríamos órfãos da floresta, mas acompanhados do mesmo caos em que o império se estafa e dá os sinais mesmo da derrota e das escolhas de seu ponto final.

               A exatidão do gesto em comermos por vezes de um boi que sofreu no abate, se dará na mesma dimensão daquele mercenário que passa por um SPA de Acapulco antes de ir para as linhas de frente, porventura para se encontrar com a morte a curto prazo... Esse mesmo mercenário que trabalha para o stablishment, que roga a seu pretenso deus, com ares de surfista levado, levando, além de suas armas, a prancha e outros “suprimentos”, onde jamais saberá que na ponta onde se encontra o mandatário Zelenski estará pelo caminho irrompido o fogo do Oriente Médio, na guerra onde Netanyahu passa a ser o “rei da carnificina”. E a Natureza irrompe mais forte na África e em outras selvas... Daquilo de um trechinho de gramíneas, daquilo de um micro pasto em algum lugar da latinoamérica, saberíamos melhor que a porção de pequenos seres nos ditem as coordenadas, quiçá no movimento das patas de uma barata, quiçá na corrida incerta de um camundongo. E nisso tudo a mesma supra citada Natureza irá dar-se no encontro das águas que faltam, ou das águas que sobram, mesmo porque, se de um lado algo falta, de outro não seja o suficiente jamais que se farta o mesmo caudal, de tal monta que sobra...

               No sopro dos citados mercenários que se emplastram das drogas para guerrear, por vezes estará aquela fatídica fêmea que o consome de amores, até subtrair desse covarde guerreiro todo o laivo de vida que ainda tinha no seu corpo, corrompendo seus ossos e cortando sua carne com a investida da inteligência em capturá-lo a si e a seus comparsas descobrindo que tipo de agenciamento reflexo o alimentara da coca e dos sintéticos, e para quem ele tem feito o uso sedutor dos produtos que o retroalimentavam de manutenção no ermo, e até mesmo o endereço do inferno para onde o dito seja transferido... Ainda que cogitem que a Natureza não seja exata, ela, assim, o demonstra.

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