segunda-feira, 22 de julho de 2024

O ESPAÇO NÃO RETROCEDE


               Como não entenderíamos um simples verso sobre a qualidade do espaço, como algo onipresente enquanto metafísica, como o “outro” ser da física, o que está, que tudo vê na sua presença de equidistância, de geometria mais desconforme, ou da hermenêutica em contornar o observável? Seria a distância maior, ou o que é sideral, o que vai por além da montanha, o céu que está por milímetros da água de um oceano, a areia e seus espaços entre cada grão, ou o que projetamos na engenharia, não apenas para morar, mas um espaço fabril e etc...

               O espaço gerado pelas moléculas, ou mesmo entre o núcleo do átomo e seus elétrons, que dão a dimensão da forma, ou a massa que é a reação no espaço de uma ação gravitacional, consequente da ação da gravidade de corpos celestes maiores. Jamais o espaço perde ou ganha, o espaço conceitual pode ser uma frase, um símbolo, um ícone ou um índice catalogador, a informação gerada pelo dado, e o conhecimento amplo pelas informações. Esse espaço maior que nos abraça é o mesmo espaço vinculado com o tempo, algo que não interfere tanto nas questões da medicina enquanto ciência dos neurônios, pois perceberemos, através da linguagem, o mesmo conceito que não nos escape das mãos.

               O espaço imaginário da existência, o arfar de um tempo mais tépido, a primavera e suas flores dentro do clima de espaço de um distrito ou campo, a casa que revela a organização de seus espaços como vivenda, como algo que se tenha a fazer para melhorar a vida, ou o tolhimento do espaço de vida quando ingerimos substâncias tóxicas...

               A mesma toxidade do espaço que reflete outras, o espaço criminal tolhido, a esperança do sofrimento em encontrar o mesmo espaço que se crê negado, mas que não retrocede, pois dentro de cada um existe a profusão do entendimento e da possibilidade de recuperação em alguma falta, mesmo que saibamos que uns aparentemente vivem em espaços maiores, e possuem fraca vivência espiritual, e outros vivem em quase clausura, mas vivem seus espaços gigantes dentro de si mesmos e de sua grandeza em ser quem se é, na latitude de um mar, ou no concreto circunscrito da urbe.

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