Tentamos ver algo, em derredor do em
si,
Não nos colocamos no lugar do ser que supomos ser falho
E
não vemos a magnitude de nós mesmos nesse espelhamento
tácito
Quando o fazemos sob a égide do preconceito que
supostamente nos daria uma razão…
Tateamos, vertemos
sombras sobre o nosso olhar
E o serenar de nossa atitude nubla,
e ficamos inebriados por ruídos da existência
Como que
querendo que a resposta se nos dê em um viés de projetores
Ao
sentirmos que tudo se torna uma meta, e todo o objetivo nem por isso
é alcançado.
Recuamos sob a atitude de um outra razão
que nos revida
E não concebemos essa atitude como um bom sinal,
apenas ficamos na defensiva
E por mais que se nos brote a
sensatez, um orgulho nos infla o ego nos preparando para mais uma
ofensa
A título de descartar o que pensáramos fosse a real
batalha, contra aqueles que porventura sequer saberiam de alguma
contenda.
Pensamos que nos protegemos quando inferimos o
ataque antes mesmo de meditar no ato
E aquilo que se pensa ser
defesa nos atinge em cheio no gesto que não esperávamos
Que em
nós mesmos nos silencia, posto de merecimento do que mal estivemos
usando o outro
Para o fim maquiavélico da sustentação do que
imagináramos fosse estratégia, seja marketing pessoal ou coisa que
o valha…
Lemos algo que nos parece grande, aí passa uma
mensagem em algum display dizendo:
Encontre-me no bar mais
próximo que estarei te esperando para relembrar aqueles tempos
E
estaremos afeitos a uma afeição que reza na memória imediata de um
prazer, mesmo efêmero
E, distantes de tudo, o que lemos já o
apagamos da consciência, e o que leríamos depois passa direto
frente ao que já bebêramos no algo que aparentemente fazia algum
sentido.
Posto sim, posto não, o que antes conhecíamos
se vai, e o contato fica restrito a um adeus que não lemos
E o
cheiro de algo se nos nubla a fronte, e quando vemos acordamos diante
da realidade que, mais ou menos,
Vai se distanciando do que
passara como algo concreto, mas que de antemão já sabíamos que não
importa mais
Que aquela memória da consciência se nos tenha
interrompido um fluxo positivo, onde sequer paramos mais na memória do que não é.
quarta-feira, 31 de julho de 2024
AO REDOR DO ALGO
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