Por vezes nubla um tempo de um
dia
Quando um espírito sublime se-nos anuncia
Querendo a
nós, um si mesmo, algo de monta, gigante,
E a dor da
inquietação corpórea se traduz na semântica indiscreta
Quando
pensávamos que temeríamos por algo, uma dor qualquer
Ou o
intraduzível pajé que mal sabe que retiraram sua árvore
E que
tenha virado cepa entre os muros de um deserto…
E essas
vezes não são tristes, é como chegar no dia seguinte rumo à
aurora
De um dia qualquer, um ente cortes de chegada, um ritmo
sonante perante a lua
Quando a poesia se nos brote do esculápio,
ou quando o trinar sereno de um morcego
Seja percebido mais
adiante, qual antena que percebe o ser que se esconde na futura
noite…
Outros dias chegam, e a faxina de uma
trabalhadora foi realizada, alguns enfermos
Claudicam em seus
leitos no hospital, e o que seria o dia de uma solidão
anunciada
Nada mais é do que algo a se dizer de uma página,
algo de literatura
De um verso que esquecemos de soletrar ao
filho que não tivemos
Ou a ternura escondida sob o manto de uma
erva quando pressente o gosto do Poder.
segunda-feira, 29 de julho de 2024
INQUIETAÇÃO CORPÓREA
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