domingo, 28 de julho de 2024

A FLOR DE NARCISSUS


O homem, é de manhã, e quer ver uma formiga que vira apenas uma,
Mentindo a si mesmo que sua opinião não seja grande, pois de fato é pior do que o gesto da formiga
E mente, mente quando a sua mente talvez esteja enferma aos olhos da normalidade
Quando sua paixão pela Natureza vê na certeza da formiga, a aparente norma
E todos os seus movimentos, e onde estarão as outras, pois será que o material de limpeza sobre o piso
Fê-las evitarem sair da realidade crua e natural como meio da grama do homem?

O homem não pode ser Narcissus, a flor que dobra-se no lago, que a Deusa transformou na tragédia
Quando o Narciso grego foi apaixonado e morreu afogado pelo seu próprio reflexo, quem diria, sói representarmos mais
Questões como o encontro de nossos defeitos crassos, e o homem encontra com si mesmo, nu como sua sombra
E desvelado sob a alfombra do que tentara, tentando obter no Grande Outro quiçá a maestrina,
Ou algo de força, a se conviver, um professor, uma tela de pintura que não existe mais
Quando sublimamos socialmente e produtivamente, no viés de querermos ser mais úteis
E que a circunscrição do narcisista que deixa a mulher grávida de lado, sem ter ao menos praticado o ato
Seria a negação a algo, ou a relação desse tipo, de um pai que abandona a mulher, em seu torpor, realmente exista?

Quiçá o desejo do homem não seja propriamente o consentido, quiçá queira desejar por si,
Assim como o/a workaholic não seja a sublimação mais saudável, pois de ressentimentos
Ao notar que não nos deixamos parecer a nós mesmos a libertação de sermos quem somos...

E o tecido que une as pontas, a coluna necessita do chão e da laje, necessitamos de um outro eu-em-nós, que não seja aquilo da imposição que a nós impomos...

Pois que o outro em nós, o outro externo, seja apenas o outro, e o “Grande Outro” seja sublimado por trabalho,
Ou o outro, que existe em nós-em-si seja apenas a consecução de uma linguagem
Posta na selva como semblante de ficção ou de poesia, como metáfora ou ideia
Na questão outra que nos faça sonhar ao menos, com a possibilidade de abrirmos a nossa mente cada vez mais
A que o véu de um narcisismo saudável abra um leque de possibilidades e encontre em quem lê ao menos a possibilidade de mais um dia de sobriedade pungente
Quando tecemos letras da terceira tópica onde o real se nos brote quase de Lacan em sua memória ao renascermos de um si para um outro...

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