Sombras aparecem no turvo da noite
Túrgidas, no conflito de um olhar mortiço da fissura
Ao que ter-se, dois mangos ao menos, e pedem, e fazem pressão no escopo do
Brasil
Mesmo sabendo que os abrigos cá estão, e que o problema é social, e disso não
querem contar...
As sombras vertem as vestes soturnas, de lua incerta, da solidão do funesto, do
ser que não é
Ou a aparente forma disforme da miséria, no que a disparidade é tão grande
Que um simples gesto de uma carteira inflama os desejos de posse
Qual sonambúlico desejo, e aqueles que ajudam são perseguidos nas falas do
oculto...
Sejam as grades a liberdade do agora, seja a rua a liberdade do oprimido nas
noites
Quando sai, em disfarce com as pedras da terra que está impermeável como a
usura
E sustenta passos que nem o Cristo remontaria, pois essas criaturas já não
sofrem
Pois há muito estão aquém do sofrimento que cabe a um simples ser humano.
quinta-feira, 13 de junho de 2024
SOMBRAS
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