domingo, 30 de junho de 2024

O ESTABLISHMENT DO CRUENTO COMO MODALIDADE DE THANATOS ESTABELECIDO


                A versão mais clássica de um pensamento inquietante no escopo do mundo que reconhecemos, não passa por vezes do espelhamento que encontramos no “outro” a farsa que mais tarde encontraremos em diversos níveis, sejam eles até nas universidades onde a questão de pequenas glebas totalitárias se fazem presentes mesmas na experimentação quase mengeliana, onde essas glebas-nações são unidirecionais, mas internacionalizadas com o poder quase inequívoco de hoje a integração com outros lugares do mundo trazer essa sinistra realidade em Estados de uma Federação, ou mesmo em locais onde a expressão verdadeira seja sistematicamente excluída como possibilidade. No que não se preserve o mínimo da identidade mais crível de ser aceita na liquidez das relações humanas, aqueles que servem ao establishment mais retrógrado, por assim dizer, não veriam a menor possibilidade de sobreviver frente ao seu cunho existencial se não tiverem ao menos os alicerces de um poder que pontue pela correção, quando de pessoas da juventude, vindas por vezes de realidades onde confrontar consigo mesmas essa mesma realidade sói ainda saber que a vida, ou que o instinto de conservação, ou Eros, contrapõe-se, mesmo que intuitivamente, ao predominante instinto de morte – thanatos -, ou da destruição, que tanto se utiliza a crueldade dos egoístas em perpetuar como moeda, ou preservação desta para certos grupos, e o trabalho nos de bem vira modalidade alterna de combater aquilo que se chama horror, ou perversão imposta em alto grau pelo citado establishment, na modalidade mais conservadora, tão em voga nos dias atuais.

                Em uma perspectiva predominantemente beligerante, os que tornam-se escravos de uma militarização permanente no escopo da sociedade sabem por vezes que se tornam pessoas que apenas são civis tentando entrar em um tipo de front existencial, extremamente livres quanto à precedência de seus valores mais secretos, os bons de espírito, aqueles que amam a vida, que são pessoas de bem, que não querem prejudicar como a monstruosidade da farsa enumerada, ou aqueles que ainda se preocupam com a carestia social, e não veem o mundo pelo viés de que são todos pobres e negros, como se a raça viesse a ser predominância e não contexto étnico tão somente, e como se a classe pobre tivesse a culpa por isso, posto serem aqueles que emprestam sua força de trabalho continuamente para manter essas grandes e nababescas indústrias desse porvir que projetam, como o grande “empreender”, ou que só é pobre quem quer, pois oportunidades estão aí para “todos”.

                Há que se valorizar a predominância do desenvolvimento de um país, mas a tendência de uma vertente colaboradora com pensamentos excludentes vindo de fora, principalmente com o que ocorre hoje na Europa e sua xenofobia com a vitória da extrema direita em muitos agrupamentos sociais, e do fascismo como algo que já revela a concretude ou possibilidade de um atraso histórico sem precedentes, a América como um todo já vê em sua possibilidade de manter suas democracias inabaladas a intercorrências de influências nocivas do que vem a ser a desagregação de muitos jovens trabalhadores, que encontram na ilusão das drogas o entorpecimento necessário para sequer perceber mais criticamente essa realidade, confundindo por vezes a própria democracia com movimentos socialistas, ou algo ideologicamente estruturado por contiguidade, ou por um animismo, optando pelo fascismo por ser este um viés onde o modo “cruento” seria mais confortável para esboçar ou agir com suas patologias recorrentes, tais como o sadismo ou a execução de uma traição a um amigo, ou a farsa de uma fake News como pressuposto de se chegar ao fim não importando a ação.

                Chega a ser bizarro o modo como alguns jovens se veem, como pessoas-problemas, onde quando estão bem “dosados” com álcool e drogas, pensam estar na verdade dando em cima das mulheres casadas, e isso é recorrente no mundo em que não se pensa mais na célula familiar como unidade em construção, mas como thanatos, ele mesmo, o instinto de destruição, como modalidade desagregadora e destruidora de uma família, não importando todo o esforço em que um casal por vezes teve que empreender para estar unido, sua importância como primeira célula social, e a dificuldade de uma mãe em estar cuidando de seus filhos, quando por vezes, em atitude desesperadora e exausta, depois de thanatos fazer das suas, a mãe se vê desamparada, e tenta por sua vez desagregar mais uma tentativa de união verdadeira, quando mais uma vez thanatos e o establishment que sói construir a sociedade do desamor e do comércio afetivo na troca de uma simples mercadoria... Pois bem, a mãe desesperada ao ver seus filhos sem pai, quer ao menos, sob qualquer condição, mesmo desagregando a relação daquele que mal conhece, estabelecer laços financeiros com o indivíduo, tão somente isso. A construção da cidadania significa a manutenção do espírito democrático e da justiça social, e essa desagregação infelizmente começa já nesse tipo de estamento onde a família não se alicerça em mais nada a não ser no querer estar sem amar sequer, como uma relação contratual onde não se conhece ao menos em profundidade aquele e aquela que serão parceiros efetivamente de modo mais concreto e maduro, cada qual a seu tempo, com suas idiossincrasias, seu modo e sua cultura pessoal, seus respeitos inerentes à sua vida, e sói encontrar não uma bengala afetiva, mas asas que nos possam permitir espalhar nossos afetos, a partir da constituição da célula efetivamente amorosa e real, para toda a humanidade...

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