A velha
questão do Dharma... Por vezes a questão da filosofia védica não pode ser
compreendida em uma questão fora do universo quase atemporal dos templos hares,
pois a realidade é que a Natureza vem sofrendo investidas de ordem em que, no
âmbito cultural, deve-se considerar que o conhecimento específico de tal ou
qual religião não faz parte antropológica dos indígenas, que por si só já
possuem seu modo de vida, que deve ser respeitado. Essa compreensão dos fatos deve trazer luz ao arcaísmo de que uma religião ou um dito preceito
espiritual seja superior, ou que uma tribo africana deva ser cristã ou hare
krsna, ou muçulmana, quando há questões onde nem sequer sabemos da espiritualidade
das raízes mais profundas dessas culturas. Porventura, a questão lógica é
apenas a compreensão desses fatos quase banais, portanto humanos, e a prática
da aceitação da democracia não infere a intolerância inclusive de muitos
devotos que gostariam que se desse porventura em nossas nações, no exemplo latino-americano,
da volta de regimes autoritários, quando da realidade quase suprema onde o
próprio Prabhupada veio a ser consagrado nesse ambiente nacional, estando ou
escolhendo a nação estadounidense como berço da irradiação de sua filosofia, o
que não significa que fosse indicação da realidade do país Índia, apesar de ser
válida enquanto seita que consagrou um certo número de adeptos pelo Ocidente.
Não se
queira infletir que, quando um cidadão pense de forma livre, que externe uma filosofia
ausente de cabrestos que se autodenominam preceitos espirituais, não tenha
validade enquanto ser expressivo e contributivo com a história mesma da
cultura e da liberdade expressiva, ou no território mesmo da arte e da música,
pois quando se recusa um devoto a entrar no templo, pensem bem, estarão depondo
a si mesmos o seu próprio fracasso e suas inflexões que negam dentro da hipocrisia
que o espelho já revela sobre suas faces.
Nenhum comentário:
Postar um comentário