quinta-feira, 28 de setembro de 2023

O SER DA RENÚNCIA


Ser renunciado é não sentir por sentir, por infletir desejos, é não desejar
Posto não se importar com frio ou calor, com presença ou ausência,
Conforto ou desconforto, riqueza ou pobreza, saúde ou doença
Posto sequer sabe se está em algum caminho, pois está em serviço devocional todo o tempo.

O voto do sannyasi, é como tremer ao vento sob a égide de Deus, Krsna, é como não se importar
Se seu espírito se desprende do corpo, se as pedras lhe atingem a face, se há de fazer o sexo
Mas em geral não o faz pois para ele não há caminho senão o fervor a que se mantenha sem intoxicação.

O triste para esse ser é o feliz, a água é a rocha, são todos os sopros da criação e da dissolução
E não se importa, pois jamais cai nas garras de Maya, já que sabe de sua Natureza e sabe do sofrimento
Daqueles que mesmo sob o escopo de suas cartilhas e regras de conduta, mesmo os programas de partidos
Nada disso lhe importa, mas a vida de um estudante celibatário ou de um homem renunciado
Não está afeito a se importar com algo que lhe seja de intenção nefasta, posto isso não seria melhor
Do que apenas a vida espiritual, e segue sua vida sem a intoxicação, e sem a necessidade dos relacionamentos sem Krsna, posto o verdadeiro sannyasi pode passar meditando em transe
Por um tempo eterno, sem se importar com aqueles insetos ou animais humanos que transitam
Com inquietações de ordem material, suas parafernália e ego falso, gozando o que chamam de liberdade
Nas pontes aéreas de um planeta já apodrecido, prestes a sofrer sua dissolução inevitável, ou a consecução da Era de Kali, a Era do Ferro, de 432.000 anos, que espera a encarnação daqueles que nascerão infelizmente em um planeta mais difícil de se ter o prazer ou o amor, já raros hoje, infelizmente...

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