domingo, 7 de maio de 2023

O QUILATE DE CERTAS MODALIDADES


                Seria correto afirmar que quando a cidadania se pronuncia a favor da libertação da opressão venha a sugerir que a brutalidade, mesmo que em pessoas isoladas, não aceitem essa modalidade de se comportar socialmente, ou que a sociedade passe a se comportar dentro desse escopo, sem estarmos necessariamente com vinculações a modalidades anacrônicas de funcionamento, seria muito exigir dessa gente fraca não apenas de memória histórica quanto de um mínimo de humanismo? Que um Estado da Federação seja de qual ou tal natureza, não importa, seria importante salientar que a União como um todo envidasse esforços no sentido de impedir qualquer laivo de brutalidades, incluso não permitindo, através de suas forças federais, que isso ocorresse em qualquer rincão do país. Se for de fato inconteste, se dará os parabéns, pode ocorrer que algumas forças regionais, mesmo vinculadas ao poder executivo nacional, estejam querendo compactuar com um Estado de coisas de forma inequívoca e errônea, quando tenta o diálogo, ou infere que a máxima de Gramsci seja ocupar todos os espaços, incluso aqueles que vão contra o andamento do bem portar-se enquanto instituições onde não pode haver consenso sempre... Talvez por isso surjam estranhamente estranhos insetos grandinhos querendo ofender brutalmente, fazer com que suas ocupações e poderes, nem sempre lícitos, permaneçam intocáveis, e acentuar direções nem sempre compatíveis com o andamento legal dentro do escopo de uma sociedade limpa, e não eleitoreira a qualquer medida. Não se pode permitir que o ilícito penal, no sentido de organizações investigativas secretas, como a SS, dê de seus ares e seja conivente com o que acontece com o crime, ou que tudo seja permitido na esfera da política, pois isso infere uma modalidade de corrupção que há de ser denunciada de dentro das comunidades para fora, quando se está tendo uma ingerência da milícia ou coisas similares, quando um dirigente atravessa certos sinais que não deveriam ser permitidos. Isso cheira a organização criminosa, ou máfia.

                Muitos sinalizam dentro de si, desde a infância, uma certa atração por essas modalidades, não se jacta o pronunciamento desta declaração intervir nisso, apenas de testemunhar que essas modalidades não praticam o bem, e seguem os meios da ilicitude quase permitida, perante uma realidade que muitos insistem dizer que é sistêmica e que faz parte do que acontece no país, há mais de várias e várias décadas, e necessitaria de um tempo largo para quebrar essa corrente criminal.

                O erro sempre vai existir no se compactuar com uma única versão dos fatos, poupando pessoas que sofrem de processos na justiça e imputando culpa em outros, por uma questão de parcialidade comoventemente conveniente aos olhos do Poder. Compactuar com isso é como admitir que as favelas não têm solução, e realmente é muito difícil acabar com problemas sociais dessa magnitude em uma área territorial continental como o solo pátrio.

                Se você sair às ruas e encontrar povos os mais variados andando, se divertindo, todos em comunhão, sem violência urbana, sem o tráfico a céu aberto, você já notará melhoras substanciais no andamento da sociedade como um todo, mas se você está em uma sociedade que passa a vigiar todos os passos, onde o homem é seu próprio predador, esse misto de alternância entre períodos de paz com conflitos inerentes a tentativas de desfazer democracias, subentendendo todo o tipo de corruptela e sanções usadas para tal, passamos a andar inseguros, temerosos, disfarçados, fazendo o jogo de um sistema de valores que só subtrai bons sentimentos em detrimento de interesses que querem se fazer valer para extorquir dos mais desfavorecidos a capacidade de se misturar com todos nas ruas, aparecer livremente e não temer os poderosos tiranos e preconceituosos. Se esse andamento vai contra todo um arcabouço teórico de um partido, por exemplo, quando aplicado em um contexto particular, há que se fazer uma revisão apropriada, ou uma atualização reflexa, atingindo o consenso de outro modo e ampliando de outro modo a capacidade do diálogo com as frentes opositoras. Essa capacitação de ampliar entendimentos não pode estar relacionada ao ego de tal ou qual agente de uma organização partidária, pois não seria sensato pensar que as coisas não podem ser equacionadas na base do mesmo diálogo citado. O consenso é sempre necessário, e para isso toda a União há de ter a capacidade inerente de um bom governo de caminhar em direção à paz social, para depois começar a ajustar as conquistas e vitórias, pois não se começa nada já pela luta de classes, visto que o próprio termo já possui certo anacronismo, pois jamais nos dias de hoje se tem a valer propriamente a palavra luta, pois de conflitos já estamos sobrecarregados.

                Quando se fala de materialismo dialético, por exemplo, o erro já está no termo empregado, pois muitos nem sequer sabem o que é a matéria, e se jactam de doutrinar-se politicamente na questão com cartilhas de treinamento como se na prática tivessem as certezas de quem realmente, em determinado período histórico, pontuou sobre o tema, mas sabendo que quiçá na atualidade nem venha mais a ser utilizado, pois os conceitos do que vem a ser um sistema se fragmentaram a tal ponto que na verdade hoje os sistemas no planeta são tantos, que o próprio meio ambiente já é um sistema complexo e vário, integrado com os mananciais de energia renovável motora ou não, que comportam outros, de tecnologia integrativa ou não, mas com realidades muito mais complexas do que pregou Marx, ou Engels nos seus tempos.

                Conforme citou-se em outro contexto, o planeta é um sistema com centenas de outros, muitos interligados, e cada nação acaba funcionando como uma empresa, multitarefas, relacionada com o todo e com si mesma. Carece darmos mais atenção a esse contexto que não é simples, mas pode ser melhor compreendido pelo espelhamento da contemplação às coisas da Natureza, verdadeira maestrina do nosso conhecimento, e que os objetos quiçá também possam ser dignos da contemplação através do bom uso, e que as armas sejam – como sempre – necessárias, mas cada vez menos em um decrescente em suas curvas, pois nos últimos tempos o que se fez foi insuflar o ódio, igualmente religioso, e estimular o armamentismo. A partir do momento em que criarmos microcosmos que permitam melhorias no comportamento da sociedade como um todo, outros se revelam, por vezes mais pontuais, mas o exemplo e andamento de sociedades mais harmônicas não dependem mais do discurso de direita ou de esquerda, pois será através do próprio capitalismo que venceremos a contradição que o próprio Marx disse que seria a derrocada para se caminhar a algo que nem mesmo ele soube ao certo o que seria, posto teoria inconclusa...

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