sábado, 15 de abril de 2023

A REDUÇÃO DOS ENGANOS


Torne-se a noite, torne-se quase um dia, sob os cristais das luzes
Que teçam outros cristais serenos na batida de uma flor do ábaco
Ao se dizer que a poesia reverbera no silêncio rumoroso de uma jornada
E que o poeta verse a si mesmo o tecido do mesmo silêncio da azáfama...

Equipara-se o dia do algo seguinte, a surgir no horizonte de um olhar de rasgos
A maquiagem maravilhosa de Maya no verão que já se torna um efêmero presságio!

Assim de se dizer o notívago instante de uma aurora, não se diria o tanto da vida em ser
Quanto ao mesmo dia outro onde o circunflexo ato da noite, descansa relativamente o corpo...

Ao sair de si mesmo, não há profecia dentro do escopo da realidade de uma pedra
Quando esta busca tangenciar o plasma de granito em se transformar em balcão
Na orla de uma vicissitude quase patronal dos instantes em que os filmes começam...

E aquele instante outro onde a libertação se diz mais próxima do que reside longe
Um caminhar em torno de uma mariposa da noite se tornaria mais túrgido do que o laço!

Não seria suficiente conversar com a mariposa, posto ser um homem o próprio braço
Onde ela, qual papillon de outrora, quiçá lhe ensinasse a pousar na mesma pedra do balcão
Onde se conversara com as letras a digitação clássica onde o mesmo homem dialoga com o ato.

Que Bretón consolidasse os dias nas noites em que alguma artilharia de flores fosse a causa
Em que, sob o ventre de uma mulher quase fatal, não relembrássemos que o veludo sua
Sobre a vértebra de uma semente que reduz o engano a uma plenitude quase efêmera!

O retorno a uma vivência quase cotidiana sobre o querer de uma latitude solene, pesponta
Naquilo de mais precioso a respeito de algo que – de passagem – seria melhor evitar,
Posto em locais mais seguros a respeito dos caminhos não se regressa uma vez fora
De algo de um conhecimento assaz cabal na virtude em encontrar o rugir de feras!

Na consecução de um tempo limitante a uma energia de um display que reduz a si mesmo
O frasal termina em urgência da latitude em poder ver a semântica ter sido anunciada na noite
Em que se verta a própria vertigem de antepassados que remontem algo de tessitura cigana
Na plataforma de uma outra vertigem feita do ébano sito em reativo modal
Para que o branco escolha dentro de si a empatia cultural do verbo que não se ressente
Aos ressentires de outrora, na pátria italiana de Scola, ou mesmo na Alemanha de Hegel!

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