quinta-feira, 12 de maio de 2022

UMA HISTÓRIA QUASE VERÍDICA

 

A chama da história que nos perpassa de uma vez
Vem em ondas que se revelam em mares nunca navegados
Do que seria uma ocidental praia, lançamos a nau
Que navegue até nos vaus da coesão necessária
Que por vezes adormeça um sentimento cru
Com uma verdade algo silenciosa de poética
Caudalosa no sentido mais lato da palavra.

Navegamos portanto em vias de sermos mais simples
Mesmo que a retórica venha em torno de mais e mais
Estrofes que brotem de um nada revisionista
Quanto a sabermos que a mó não funciona sem engenho…

É dessa engenhosa quase forma altissonante de boas vozes
Que os quereres sejam mais sinceros do que a própria harmonia
Em que a solidariedade humana reflita a voz outra que nos diste…

A saber, a vida da arte gera um conhecimento cabal e factual
Mesmo que alguns acordes dissonantes façam a fuga do nosso estarmos
Quanto ao perecer de lembranças nos faça restaurá-las em canais
Que nos sejam perceptivamente abertos e francos, dentro do escopo
De partilharmos dentro da mesma nau navegante perante um século
Quase que nos dite a vida outra que nos seja uma outra verdadeira!

Afilamos nossos cuidados com tudo o que nos é importante
No caudal imanente de sermos parte de um todo que nos importa
Quanto na virtude de um sentimento que nos aflore qual broto
Em uma senda de milagres que vêm desde a criação de Deus
Até a criação dos homens na esfera de uma palavra alvissareira.

E a obra se faz, como os passos franciscanos dentro da austeridade
A que muitos veem no seu próprio despertar sejamos mais fortes
Do que homéricas atitudes de coragem, pontuando ainda, fortes e sábios
A partir das horas em que a história mesma se torna a frente de um mar
Que singraremos sempre, serenos, em busca de procelas já vencidas pelo espírito!



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