A questão que nos deixa atônicos
existencialmente é a ingerência do cinema ou sua linguagem sendo
utilizada nos sistêmicos modos de análise, que por vezes nos
coloca sob um prisma investigativo, pontuando-se recursos algo de
ensaios, e participação de observadores experientes. Não há
metáforas mais completas nesse tipo de atitude, e o poderoso modo de
controle dos sistemas nos coloca – a céu aberto – por vezes na
mira de nós mesmos… Há, no entanto, através de exemplares
atitudes do nosso lado açambarcarmos esse verdadeiro e perscrutador
meio com outros vocabulários expressivos, mesmo que achemos que a
invasão da privacidade seja, como diz a palavra, uma modalidade de
domínio, não apenas ideológico, mas existencial, no que pecamos
com essa assertiva, pois a existência não se perscruta, e o
espírito não se traduz essencialmente no essencial de uma lógica
normativa, pois esses procedimentos vêm de técnicas que há muito,
dentro do contexto da natureza tecnológica dominante, sendo
utilizadas no correr da história. Ninguém diz ser humano quando na
verdade utiliza uma ferramenta de dominação, posto isso não condiz
com humanidade, e aquele que se arvora na bondade por vezes está na
teia da hipocrisia, uma característica a ser denotada pela Era da
contemporaneidade.
Sejam as cognatas versões de controle
supracitado, quando utilizados para uma efetiva elucidação criminal
ou dessa ordem acaba por estar dentro de um espectro fundamental da
defesa do cidadão, mas quando se pensa sequer que estão controlando
pensamentos, não faz parte de uma sensatez científica, pois o
pensamento voa como os pássaros e navega por rochedos inumeráveis
de nossas vidas, não havendo jamais uma tecnologia que ultrapasse
seu próprio anacronismo histórico, já que a história, como deusa
inefável, sucede ultrapassar essas questões de tentares quase
excludentes, e dentro dessa mesma outra questão, com significado
similar, verte como dissonância no acorde da realidade. Não há
porque vestir carapuças históricas, pois os homens e as mulheres
são como referência por vezes, mas em dinâmicos processos transcendem a
máscara que muitos intentam nos colocar a reboque de recorrências
que jamais retornam quando se trata da questão civilizatória e da evolução da mesma história, mesmo que a tecnocracia tente tudo com
todas as ferramentas disponíveis até então, dentro de uma
cosmética revisionista. Não se trata aqui de administrarmos o amor,
mas termos a compreensão de que um verdadeiro e sincero
companheirismo se torna salutarmente necessário quando de tomadas de
consciência ou coisas similares.
A integralização de uma
miríade de processos nos lembram de Watts e sua máquina a vapor na
revolução industrial, que passa a modificar os meios de produção
que, em tese, tornaria o trabalho mais rápido e automatizado e
melhoraria a condição dos trabalhadores, no que sucedeu o inverso,
pois o capital se tornava o maior patronato da história.
Desde
o Absolutismo, a nobreza assumia um papel superior, o que passa a
surgir na ordem mundial deste novo milênio onde alguns são tão
poderosamente ricos, que a questão do bilhão torna-se apenas a
humilhação perante a casta dos colegas em não se possuir mais nada
apenas do que o valor, a querer-se mais e mais em um, em detrimento de
humanidades que passam a sofrer sem pão e sem saúde! Passamos a
conviver com armas que custam bárbaros valores, para exercer
efetivamente mortandades por questões de oligarquias ou grandes
corporações, mandatárias como potências nucleares, e países
subdesenvolvidos com exércitos que possuem ou se arvoram o poder
dominar e sacrificar seu próprio povo, indiscriminadamente, sem
notar que poderiam até mesmo crescer quando não apenas de soldos, mas de
interesses de ordem nacionalista e progressista, a bem do seu próprio
povo e não inimigo deste.
A questão temática ao longo do
discurso humano pode oscilar entre significados, fugir do formato da
tese padrão e solidificar mudanças por vezes necessárias ao
andamento de uma modificação existencial que se torna presente e
verte seus frutos ao caminho que nos leva no fundo de nós mesmos
algo ou ao menos duas linhas que possam ser compreendidas. Aquele que
ama as letras amará a todos os que as amam igualmente, pois esse é
um processo de diálogo constante entre o anímico e o concreto. Não
estamos neste mundo para competir em termos proprietários, e nem em
dar conselhos àqueles que já são bem adultos, a não ser em ordem
específicas, e que são tantas no planeta. Se “viva e se deixe
viver” é certo, façamos a prédica com a autenticidade de cada
qual...
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