sexta-feira, 20 de maio de 2022

O APROFUNDAR-SE EXISTENCIALMENTE

 

         A questão que nos deixa atônicos existencialmente é a ingerência do cinema ou sua linguagem sendo utilizada nos sistêmicos modos de análise, que por vezes nos coloca sob um prisma investigativo, pontuando-se recursos algo de ensaios, e participação de observadores experientes. Não há metáforas mais completas nesse tipo de atitude, e o poderoso modo de controle dos sistemas nos coloca – a céu aberto – por vezes na mira de nós mesmos… Há, no entanto, através de exemplares atitudes do nosso lado açambarcarmos esse verdadeiro e perscrutador meio com outros vocabulários expressivos, mesmo que achemos que a invasão da privacidade seja, como diz a palavra, uma modalidade de domínio, não apenas ideológico, mas existencial, no que pecamos com essa assertiva, pois a existência não se perscruta, e o espírito não se traduz essencialmente no essencial de uma lógica normativa, pois esses procedimentos vêm de técnicas que há muito, dentro do contexto da natureza tecnológica dominante, sendo utilizadas no correr da história. Ninguém diz ser humano quando na verdade utiliza uma ferramenta de dominação, posto isso não condiz com humanidade, e aquele que se arvora na bondade por vezes está na teia da hipocrisia, uma característica a ser denotada pela Era da contemporaneidade.
         Sejam as cognatas versões de controle supracitado, quando utilizados para uma efetiva elucidação criminal ou dessa ordem acaba por estar dentro de um espectro fundamental da defesa do cidadão, mas quando se pensa sequer que estão controlando pensamentos, não faz parte de uma sensatez científica, pois o pensamento voa como os pássaros e navega por rochedos inumeráveis de nossas vidas, não havendo jamais uma tecnologia que ultrapasse seu próprio anacronismo histórico, já que a história, como deusa inefável, sucede ultrapassar essas questões de tentares quase excludentes, e dentro dessa mesma outra questão, com significado similar, verte como dissonância no acorde da realidade. Não há porque vestir carapuças históricas, pois os homens e as mulheres são como referência por vezes, mas em dinâmicos processos transcendem a máscara que muitos intentam nos colocar a reboque de recorrências que jamais retornam quando se trata da questão civilizatória e da evolução da mesma história, mesmo que a tecnocracia tente tudo com todas as ferramentas disponíveis até então, dentro de uma cosmética revisionista. Não se trata aqui de administrarmos o amor, mas termos a compreensão de que um verdadeiro e sincero companheirismo se torna salutarmente necessário quando de tomadas de consciência ou coisas similares.
        A integralização de uma miríade de processos nos lembram de Watts e sua máquina a vapor na revolução industrial, que passa a modificar os meios de produção que, em tese, tornaria o trabalho mais rápido e automatizado e melhoraria a condição dos trabalhadores, no que sucedeu o inverso, pois o capital se tornava o maior patronato da história.
         Desde o Absolutismo, a nobreza assumia um papel superior, o que passa a surgir na ordem mundial deste novo milênio onde alguns são tão poderosamente ricos, que a questão do bilhão torna-se apenas a humilhação perante a casta dos colegas em não se possuir mais nada apenas do que o valor, a querer-se mais e mais em um, em detrimento de humanidades que passam a sofrer sem pão e sem saúde! Passamos a conviver com armas que custam bárbaros valores, para exercer efetivamente mortandades por questões de oligarquias ou grandes corporações, mandatárias como potências nucleares, e países subdesenvolvidos com exércitos que possuem ou se arvoram o poder dominar e sacrificar seu próprio povo, indiscriminadamente, sem notar que poderiam até mesmo crescer quando não apenas de soldos, mas de interesses de ordem nacionalista e progressista, a bem do seu próprio povo e não inimigo deste.
         A questão temática ao longo do discurso humano pode oscilar entre significados, fugir do formato da tese padrão e solidificar mudanças por vezes necessárias ao andamento de uma modificação existencial que se torna presente e verte seus frutos ao caminho que nos leva no fundo de nós mesmos algo ou ao menos duas linhas que possam ser compreendidas. Aquele que ama as letras amará a todos os que as amam igualmente, pois esse é um processo de diálogo constante entre o anímico e o concreto. Não estamos neste mundo para competir em termos proprietários, e nem em dar conselhos àqueles que já são bem adultos, a não ser em ordem específicas, e que são tantas no planeta. Se “viva e se deixe viver” é certo, façamos a prédica com a autenticidade de cada qual...


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