sábado, 14 de maio de 2022

DA NÃO APRECIAÇÃO

 

           Posto um dia na vida de alguém, seja quem for, o tempo corre silencioso por suas veias… A aurora que nos espera cada manhã nos refaz, nem que a um dia a outro, a consonância de se viver não propriamente ébrio de desditas, mas um pouco tonto com missões quase impossíveis. Mas a esfera das possibilidades é dialética, e esse espírito dialético passa a tomar forma mesmo por dentro das cabeças mais empedernidamente materialistas. No entanto, não nos apercebamos que nem tudo se sabe tanto a ponto de não se rediscutir pontos inclusive já aceitos por consensos preconcebidos para passos adiante não estarem incertos na relativa posição dos pontos de vista e seus observadores conceituais. Essa observação atinente de que a mesma aurora supracitada esteja em um travesseiro, mas raramente, em uma enxerga de faxina como suporte do sono… Nessas distâncias paradoxais de grandes internationals fusions and aquisitions, a verdade que nos remeta o próprio sonho é que agora o próprio turismo espacial se torna seleto pela estratosférica verba queimada literalmente pelo impulso do foguete! Se gasta tanto o que jamais um homem qualquer teria, por seus ganhos médios habituais, nem por centenas de encarnações. Esse distar profundo de verdadeiros reis da matéria da riqueza, doutores em capitais gigantescos como nunca houvera nem no absolutismo limitado pelos castelos e reinados de países, hoje faz de uma ingerência econômica o conferir poder ilimitado àqueles que possuem capitais e reservas que porventura sacaram da Natureza material, obsolescendo fome e miséria nos mundos eternamente rebaixados em condições coloniais. No sentido de o serem colônias da otimização perene de uma máquina operante no sentido de auferir lucro como seu motor principal, em uma bússola sem igual, de leme garantidamente travado na prosperidade, daí advindo em menor grau outras operativas de ordem religiosa, para dar-se ao exemplo da barbárie no escopo social, porquanto mais miséria mais ganhos nessa ordem, como uma equação expropriativa única e com amparo jurídico e proteção legal, tornando a barbárie mais e mais conforme com uma parte do mundo que se torna estanque e agrilhoada. O que vem a dar nos costados de uma incipiente questão de ordenamento onde o escape se torna libertador, mesmo dentro dos templos, revisitando seus próceres e desbancando a matéria para dar ao espírito a transformação necessária ao andamento realmente a uma palavra mais seguramente conforme com a opção preferencial dos pobres, no sentido da libertação e não no espectral conformismo.
          A questão da matéria e do espírito não se aninha no colo de uma balança e não se expõe a veredictos: de pecar ou não, ser rico ou não, ou quando – em condições insanas – se faz o exorcismo leviano e ensaiado para promover catarses guardadas nos segredos dessas empresas.


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