Posto um dia na
vida de alguém, seja quem for, o tempo corre silencioso por suas
veias… A aurora que nos espera cada manhã nos refaz, nem que a um
dia a outro, a consonância de se viver não propriamente ébrio de
desditas, mas um pouco tonto com missões quase impossíveis. Mas a
esfera das possibilidades é dialética, e esse espírito dialético
passa a tomar forma mesmo por dentro das cabeças mais
empedernidamente materialistas. No entanto, não nos apercebamos que
nem tudo se sabe tanto a ponto de não se rediscutir pontos inclusive
já aceitos por consensos preconcebidos para passos adiante não
estarem incertos na relativa posição dos pontos de vista e seus
observadores conceituais. Essa observação atinente de que a mesma
aurora supracitada esteja em um travesseiro, mas raramente, em uma
enxerga de faxina como suporte do sono… Nessas distâncias
paradoxais de grandes internationals fusions and aquisitions,
a verdade que nos remeta o próprio sonho é que agora o próprio
turismo espacial se torna seleto pela estratosférica verba queimada
literalmente pelo impulso do foguete! Se gasta tanto o que jamais um
homem qualquer teria, por seus ganhos médios habituais, nem por
centenas de encarnações. Esse distar profundo de verdadeiros reis
da matéria da riqueza, doutores em capitais gigantescos como nunca
houvera nem no absolutismo limitado pelos castelos e reinados de
países, hoje faz de uma ingerência econômica o conferir poder
ilimitado àqueles que possuem capitais e reservas que porventura
sacaram da Natureza material, obsolescendo fome e miséria nos mundos
eternamente rebaixados em condições coloniais. No sentido de o
serem colônias da otimização perene de uma máquina operante no
sentido de auferir lucro como seu motor principal, em uma bússola
sem igual, de leme garantidamente travado na prosperidade, daí
advindo em menor grau outras operativas de ordem religiosa, para
dar-se ao exemplo da barbárie no escopo social, porquanto mais
miséria mais ganhos nessa ordem, como uma equação expropriativa
única e com amparo jurídico e proteção legal, tornando a barbárie
mais e mais conforme com uma parte do mundo que se torna estanque e
agrilhoada. O que vem a dar nos costados de uma incipiente questão
de ordenamento onde o escape se torna libertador, mesmo dentro dos
templos, revisitando seus próceres e desbancando a matéria para dar
ao espírito a transformação necessária ao andamento realmente a
uma palavra mais seguramente conforme com a opção preferencial dos
pobres, no sentido da libertação e não no espectral
conformismo.
A questão da matéria e do espírito não se
aninha no colo de uma balança e não se expõe a veredictos: de
pecar ou não, ser rico ou não, ou quando – em condições insanas
– se faz o exorcismo leviano e ensaiado para promover catarses
guardadas nos segredos dessas empresas.
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