domingo, 1 de maio de 2022

ATO CONTÍNUO

 

Do querer, do trabalho que quer
O trabalho que se pede, clama
A que se seja do dia do trabalho
Que verte, que inflama e diz
O que por vezes não se quer ver
Mas se vê, na página virada,
No que se pretende, ao giro
De uma escala que se fala
A ver, que se assista
A assistência do que cria
Ou desfaz, no assistir
A via que remenda
O troféu impensado
No ritmo acrescentado
Gráfico jogado ao vento
A um e a dois, que seja,
O parafuso que se nos falte
Em uma verdade única
E que dizemos claramente
A uma linda mente acompanhada
Quanto de se saber cada vez mais
Ao partícipe voto de cada qual
Que não se retrai em um caminhar
No visto e mal retraído consonante
A uma voz que não se vê sempre
Mas que, túrgida, floresce nosso imo
De questões que não podem obscurecer
O tempo mesmo, meridional,
Na colunata que sobe, que desce e inclina
Onde uma Itália verteu na sua história
A inclinação padece de seus ermos...

Quando se diz que as vestes do repente
Não se dita a frequência se nos ouça
No que no dito Brasil a Itália possa ser
Um berço de uma ideia, e a versão frequente
O que um varejo não copidesca a nota
Quanto de se possuir uma breve caneta
Que não exerça atos nem decretos
A não ser que caibam realística e concretamente
Nos seios dos clamores populares brasileiros
E que não perdigam o inventário que nos baste
Dentro da moralidade sacra e de importância cabal!


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