Quem se dê a escrever, escrevinhar o tempo
Que
verte no coração aflito um quê de algo
Nas vertentes do leito
digital
Que se espera, no mesmo tempo atemporal
Aparecendo
qual volubilidade
Sem espaços coerentes
Com o perfil de
algo que transcende
A serenidade mesma do proceder
Que a
vida não se ressinta
O quinhão da arte que nos redima…
O
feroz encanto dos seres que estimamos
Nas vezes em que
encontramos certa censura
Revela a predisposição de que esta
venha
Com o viés da recordação em que temos
A cada
passada do caminhar que encontramos
Nas veredas de um canto
escondido por séculos.
A questão de se estar sem se ser
não proceda tanto
O querermos ter acima de tudo, o de se ter o
tanto
Que tanta é a condição humana
A que muitos nada
possuem e por vezes, tragicamente,
Perdem quase tudo do nada e
se pegam a dever ao mundo…
Na incontinência dos tempos,
a aurora por vezes é turva
Na ocasião em que nos colocamos
qual tempero cru
Que não reverta para um o que se pense para
outro.
E a poesia continua sendo um espelho d’água como
fonte
De todo um hemisfério que se situe em linha, seja ao que
for
No lado rico, no lado pobre, e que se conteste apenas
Quais
as causas inconsequentes de tamanhas diferenças.
Posto
que a poesia procede na realidade pungente
De uma voz que se
escute a vida de cada qual em si
No que verte a equação
suprema e primeira de existir!
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