quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

OS DIÁLOGOS URGENTES

 

          É muito importante desenvolvermos a faculdade de contemporizar, de equilibrar as coisas que se altercam, e não raramente vemos que estamos em meio a uma tempestade e que nossos sentimentos por vezes desabam com a falta de esperança. E eis que descobrimos – como despertares – continentes de nossos próprios sacrifícios, de nossas próprias penitências que não devem jamais ser relegados a segundo plano. Cada um possui a sua própria história, e é na vivência coletiva que aquela se expressa como a história de uma cidade, de um bairro, de uma rua, ou de uma família. Do maior para o menor, ou vice e versa, é como se dá um processo histórico, que pode culminar em uma nação ou um continente geográfico. E assim segue a história, sem contar que a maior parte de nossas famílias são anônimas e circunscritas a problemas de ordem financeira com extrema dificuldade nesta carestia atual. Todos hão de escrever e por diversas razões, pois isso é normal quando o apreço pelas letras e sua escrita, mas muitos sentem atração especial pela fala, comunicação oral, vogando a gestualidade e seus estudos estritos de interpretação, quando no teatro ou arte, até na questão judicial.
           O toque a que nos damos a atenção necessária chama-se diálogo. Sem este as coisas não funcionam de acordo, e sem ensaios a vertente da comunicação sincera vem a tona com qualidade, mesmo que muitos errem do outro lado. O erro pode ser recorrente e, a um homem ou a uma mulher, e isso acarreta enormes faltas, podemos todos incorrer nesses citados erros – que podem ser vários – quando de não querermos aprender a lidar com acertos, logicamente fundamentados, e que por vezes dependem do treinamento e habilidades diversas. Esse treinamento citado pode ser realizado um pouco de modo lúdico, igualmente com relação às habilidades, e ambos fazem parte do caráter do diálogo, não apenas com o circunvizinho, mas igualmente com nós próprios: um diálogo interno, necessário, fundamental. De acordo com o que dita a coisa certa, ou seja, dentro de uma sensatez quase universal, se pensarmos que as atitudes errôneas jamais podem estar se repetindo com relação ao respeito e à manutenção da dignidade de todos os povos que compõem uma nação, ou mesmo internacionalmente falando. A se repetir, sempre: sensatez, o que confere validação e suporte a um tipo de sobriedade humana, tão necessária nos tempos da atualidade. Esse sentimento de caráter em que se cria um carisma real, e não uma farsa aleatoriamente teatral e burlesca. Esse pontear um diálogo verte nos parceiros um entendimento entre si, no companheirismo dos acertos e dos vínculos de amizade que se criam, no mais das vezes quando em si são encontradas algumas dificuldades, isso se dá paulatinamente...
           A questão de necessidades mais urgentes por vezes ocorre, em se tratando de contextos mais pontuais, na paridade de não se omitirem as opiniões a respeito de cada universo particular, posto o ponto de vista depende, para ser verdadeiramente democrático, do se poder expressar, falar livremente, não importando a classe social a ele pertencida, falando e se fazendo entender. Escutar por vezes é o mais importante, haja vista a coletividade ter seu direito individual, mas há que respeitá-la como uma entidade social, ou grupamento, com suas próprias leis e regras. Nisto voga sobremodo a vantagem da oratória, posto um x de tempo qualquer por vezes é insuficiente para quem não tem jeito com a palavra. Não deve ensimesmar-se aquele que por vezes é ignorado por razão de alguma fragilidade, ou pelo rebuscado comportamento que subtrai por vezes a compreensão humana em sua falta paradoxal do humanismo. Todo o diálogo urgente em algumas situações atinge mesmo os mais poderosos do planeta, pois as guerras, sejam frias ou não, acabam por registrar sempre nos diversos sistemas existentes a incongruência dos que se dizem “estadistas”!

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