Contam-se no quadrado quatro vértices,
Em
um tanto de esquinas que paramos ao falar
Com outros, haja vista
por vezes ser pequena a área.
Atuamos em nossos quartos
ausentes de espelhos
Mas que, na verdade, sabemos desta ao
ruminar pensamentos…
Quartos em segredo, ou porventura
ocultos do vulgo
Que pensaria que estranha forma contínua
possui o corredor!
A vida nos surpreende quando a estiva é
longa, e o alimentar
De palavras remete àquela do qual por
vezes descrevemos
Uma frase que possua endereço quase fixo em
sua tábua
Onde guardamos os signos com uma formalidade
presente.
Segue a poesia com indiferente preocupação,
posto
O seu frear não dá continuidade de cabresto
E o
foco da comunicação por vezes dá de falar ao mundo!
Que
estrile nas ruas o verbo banal
E que o salpico das paredes
úmidas se banhem
Em uma água posterior de palavras vãs
Quando
não se tem uma proficiência cabal.
A vida de cada qual
encerra a promessa da frase
Onde, no que se dê quaisquer
respostas,
Haverá sempre um olhar sobre invectivas tais.
Não
necessariamente seja a poesia hermética, fechada,
Posto que
apenas tece um viés de comunicação
De modo a ser uma ponte
para um todo
Que remonta seu meio de ser a ligação
concreta.
No jogo da existência por vezes duro e
reservado
O painel de nossos atos verte um diálogo aberto
Mesmo
quando nos encurralam com ofensas
Que partem de palavras
encurtadas por tabelas.
Por tantos e tantos veios
dialogados na História
Que nos perpassa tanto a correnteza de
tristes fatos
Quando pensamos que tudo o que havia era
esperar
Algo que viesse a construir um mundo melhor, ao
menos.
Em que por vezes a linguagem dos ignaros criam
mitos
Com alicerces tíbios na farsa, pois esta desaba cedo ou
tarde
E a consequência que fica é um vácuo na
progressão
Histórica que remende ao menos a maré dos
vaticinadores.
Na brasilidade em que nos encontramos,
seria muito dizer
Que a realidade dos fatos encapsula o bom
procedimento
Nos costados de uma razão ausente da
imparcialidade
Em que não nos acometa novamente a crua
injustiça.
Isso dos diálogos inacabados, das vertentes
que fecham
Quaisquer possibilidades do encontro com a Verdade
Em
que reis e rainhas se digladiam pelo poder
Mal sabendo que do
Absolutismo herdamos apenas o véu…
Manto sagrado do
dialogar, se monte em uma pradaria verde
Com as louças de um
piquenique que saiba melhor o amor
Como um facho de luz nas
falas, e que o entendimento
Possa finalmente cruzar as
fronteiras em se reconhecer algo.
Não temamos o que não
é ameaça, não queiramos o que não há
E que a cada palavra
proferida ao tanto se dê uma compreensão
Que seja da razão
sem silogismos falsos, ou proselitismos gastos
De tanto serem
usados pelos uniformes da falsidade.
Tudo bem, falemos da
esperança, com todos os seus vieses
E jamais nos esqueçamos
que para irradiá-la nas vestes do acaso
Nada do que a gloriosa
ternura seja mais necessária do que o ato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário