O que
nos parece o mundo hoje, com tantos dissabores? Como podemos ter certeza de
termos reais companheiros, se por vezes é apenas um voto que confere o poder,
um cigarro que acaba com a fissura, ou é uma estrutura que garante o contrato
do amor? Não, podemos por fé naquilo que porventura deixamos para trás, por um
período errante em nossas vidas, que é a nossa família, nossos progenitores
vivos, ou em memória dos que partiram, no amor filial ou fraternal, nos laços
familiares, consolidando obviamente o que possuímos como patrimônio e obtendo no
serviço em prol desse cerne, desse núcleo a nossa tarefa mais importante, pois
é através desse esteio moral que podemos, aí sim, estarmos prestando um serviço
à sociedade enquanto profissionais ou cidadãos que somos todos, sem tirar nem
por, pois é nesse escopo que estaremos ampliando nossa vivência em relação
àqueles que se aproximam de nós de modo sincero, realmente tecendo companhia
essencial a que possamos agir em prol dessa gente, mesmo sem conhecer muito
pessoalmente, mas devidamente representados por instituições, empresas, sacerdotes,
irmãs, policiais, ou mesmo amigos que porventura nutríamos afeição antes, e que
por vezes esquecemos de manter ou nutrir a mesma relação, perdida com o passar
dos anos.
Não
precisamos de modo algum, quando somos independentes, mostrar fidelização a um
grupo ou a uma pessoa em particular, especialmente se não há a relação
formalmente consolidada, pois viver através de tipos de codificações ou de
segredinhos não está conforme com uma vida transparente, principalmente se o contexto
é de notar-se em um grupo, como foi citado, se temos algo a mais a zelar, pois
o melhor é deixarmos para lá o que não é possível de manter, pois na acepção de
um ser humano, lidar com pessoas é mas plausível quando as coisas se processam
a nível de contatos mais objetivos e humanos, e para isso a presença em carne e
osso é vital, e a independência, como foi citada, é factível enquanto sabermos
que ninguém é superior porque tem uma posição em tal ou qual organização, mesmo
porque estará tão envolvido em citada organização que tudo o que passará a fazer,
mesmo no plano afetivo passará necessariamente a fazer parte intrínseca desses interesses,
assim é para um homem ou mulher que possuem uma empresa, ou mesmo os trabalhadores
que muitas vezes não têm tempo nem para se coçar. As coisas têm que ser mais
simples, a coisa é assim, se um homem é solitário e está angustiado por isso,
terá que aprender a ficar satisfeito com sua condição e não depender
afetivamente de alguém para que seja feliz. Do mesmo modo a mulher, e nem um
nem outro haverá de efetivamente tentar botar um cabresto no parceiro ou na parceira
para exercer algum poder ou atrelar o dito ser humano a interesses que lhe
cabem pessoalmente, por influência de poder, ou algo similar, pois isso não
passa da ilusão a que o ser humano está afeito a se submeter, se assim se
permitir...
Afora
isso, circunstancialmente o homem que se digna ser livre o suficiente para ter
a vida que deseja, desde que obedecendo o bom portar-se em sociedade, como lhe
aprouver, se quiser uma vida mais digna, deve estar com abertura moral ampla e
seguir fazendo as coisas conforme o figurino e não necessariamente denotar
rebeldia de caráter com coisas que não lhe digam respeito, como não aceitar
modos de governo, ou contestar idiossincrasias de outrem, posto cada qual
possui o livre arbítrio para fazer o certo ou o errado, e a lei existe para
administrar os acertos e os erros do ser humano que vive em sociedade, e a sua
liberdade – do homem – termina onde começa o espaço do outro, ou seja, metaforicamente
falando, não pensemos que por vezes não a tenhamos, mas temos sempre que
respeitar o espaço daquele que compartilha o viver em sociedade e exerce seus
plenos direitos de cidadania, seja no mundo físico, seja no mundo digital.
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