SEJA COMO FOR, EU NÃO APENAS SUSPEITO DO RÁDIO, MAS TAMPOUCO TENHO CERTEZA SOBRE AS REAÇÕES MAIS FREQUENTES DOS OUVINTES, MESMO NOS CASOS EM QUE PARECEM SER NÃO ESTANDARDIZADAS, ESPONTÂNEAS E DIFERENCIADAS. POIS ELAS PODEM AINDA ASSIM DEPENDER DE AGENCIAMENTOS ESTANDARDIZANTES. SOMENTE POR UMA CRÍTICA SOCIAL DOS FUNDAMENTOS PODEMOS CHEGAR A UMA VISÃO EM PROFUNDIDADE. ADEMAIS, NÃO CONSIDERO DE MODO ALGUM ESTRANHO DO PONTO DE VISTA CIENTÍFICO QUE, NESSE CAMPO, RESULTADOS DERIVADOS DIRETAMENTE DE PONTO DE VISTA TEÓRICOS ESTEJAM MAIS PRÓXIMOS DA REALIDADE QUE OS "FATOS", QUE, PERSCRUTADOS COM SERIEDADE, PODEM REVELAR UM SENTIDO OPOSTO AO QUE PARECIAM TER. SE CONSIDERAMOS O OUVINTE PRINCIPALMENTE COMO UMA FUNÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE E NÃO COMO DADO FINAL EM QUE A INTERPRETAÇÃO FINAL DEVA SE BASEAR, ISSO TORNARÁ POSSÍVEL SUBMETER À ANÁLISE SOCIOCIENTÍFICA OS PROCESSOS SOCIAIS QUE OPERAM SOBRE OS OUVINTES - EM CONTRAPONTO A UMA ANÁLISE NATURAL-CIENTÍFICA QUE ACEITE O MUNDO COMO DADO, JÁ QUE NÃO PODE CONCEBÊ-LO DE OUTRO MODO. É A EXATIDÃO DESSA ANÁLISE QUE CONSIDERO SERA A MAIS SÓLIDA CONSTRUÇÃO CONTRA A ARBITRARIEDADE. theodor w. adorno.