quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

OS DENTES LINDOS


Dentes lindos, como parelhas de cavalos de cristal de jade
No mar, esse mar que ainda não fomos, cavado pelo prazer das águas
E encimado por um promontório onde resido em um farol caiado e noturno
E estarias tu, vertentes do si, coisa que me enobreço sempre,
No que sou do que és feliz, e sempre sejas, que comigo estaríeis noutro carnaval
Quiçá, que não me entonteço das águas etílicas, posto não somos da tribo de Baco!

Mais que não fosse, entonteço com o mar de quintal do bairro, esse quase mar e rio
De baía que verte, das pedras de um caminho que sustém e preserva os meandros
Na grade dos bares, nos grilhões do que já não era, nas portas quase abertas, as placas
Sinalizando, verdes, o “aberto” qual um semáforo que dá a passagem para uma entrada na rua...

Por pressupostos invisíveis, navego por tantos lugares mundiais, e as fotos se me apresentam enseadas e montanhas,
Blocos imensos de gelo, os mapas que os tenho na minha cabeça, os faço de hobbies, na ordem tática
De setas e contrapesos, qual não seria viver mais plenamente, quando os pés tocam as lajotas do chão
E vejo, tateio, qual o significado do céu projetado por encima, qual a nuvem que depositara suas gotas nestes dias
E verte para outros locais, os territórios de Marte se me não nublam mais...

E nos inefáveis locais de viagens inconsúteis das palavras, me expresso no gigantismo
De uma rede de comunicação que é pequena, através de chistes e atos falhos deixados no avesso
Quando me assombro do ser que me torno mais inteiro, semente que passa no colo da maternidade
Ou mesmo da mãe que quer ser cuidada sempre, sem saber que o seu cuidado já está presente.

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