segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

O DOMÍNIO DO BANAL


                Dá-se o gosto, o banal torna-se normalidade, e a aceitação do muito pouco, como a esfera de uma poesia muito fraca em uma música risível, vira a moda do jet parade, como se a cultura fosse igualmente a banalização mesma do que é audível porquanto fraqueza onde não se tem mais acesso a grandes peças musicais, a não ser em rádios que ainda reservam um tempo para tal, ou em rádios do país onde ainda se toca a música erudita. A questão é que se banaliza a vida tal como é, e a miséria é vista por uma varredora de rua como algo que possui nas entranhas um preconceito tão grande como tão grande é a ignorância e o alcance de cunho humano dessa classe de trabalhadoras, na grande parte ou em sua maioria... A questão de ser algo a mais, de se estar podendo ver que nas entrelinhas do sistema há o ruído da miséria, depõe para que se despreze quem está mais vulnerável, assim como na burguesia o desprezo em relação àqueles que se medicam quando portam uma doença psíquica, se estiver realmente demonstrando fraqueza, apenas reitera a banalização do ser humano em toda a sua brutalidade, e aí se enumeram os itens relativos à misoginia, ao preconceito racial, à xenofobia, ou seja, a intolerância como um todo, em uma tendência inerente à “raça humana” em creditar mais “volume de importância” àqueles que, como celebridades, ou figurinhas fáceis dos ícones de uma cultura industrial de massa, passem a ser seus heróis de vanguarda, ou o descarte fácil da mítica que encerra esse tipo de questão. Banaliza-se a questão de ser forte, porquanto apenas trabalhador, sem a consciência de se ter uma visão mais proximal do que seja uma União mais plena, com direitos e a supra citada consciência, a mais de se bem dizer, da nossa própria cidadania.

                Toda a análise de uma estrutura, seja ela um tipo de sistema, uma sociedade, um tipo de mal estar, um tipo de sintomatologia crônica de uma coletividade ou de um indivíduo, as coisas que acontecem no dia a dia, toda essa abordagem infere que estudemos um pouco as mesmas citadas questões e revelemos por vezes, através de pesquisas e estudos, os esqueletos estruturais, seus danos por vezes quase irreversíveis, e onde se erra, por que se erra, e quais especificamente são os erros desses sistemas, apresentando, em recortes apaziguadores e no entanto críticos, os meios necessários para solucionar ou ao menos contribuir para que se faça uma releitura, seja ela de governo ou mesmo das áreas afins ou privadas, na questão das nomeadas boas iniciativas.

                Fragmentar eixos de atuação vertical é sobremodo importante, mesmo sabendo que um motor necessita do empuxo necessário, mas se considerarmos uma dita estrutura uma máquina, o que nem sempre é verdadeiro. Não banalizaremos o aço, mas sobremodo se o comprarmos mais barato dos fornecedores internacionais, precisamos como matéria-prima, e isso realmente importa para a nossa economia, apenas para pontuar que não devemos nos preocupar com frentes de batalhas comerciais, se porventura o ultra liberalismo apenas configura livre e livre comércio, e nosso país sabe de suas próprias demandas, não é mesmo? Se a China dispuser do aço compremos, pois não será o Trump e seu assessor mais direto “para assuntos aleatórios”, o Musk, que dará o direcionamento de como o nosso Presidente da República fará com o dinheiro de nosso país. Estabelecer bases comerciais sólidas frente a frente com a banalização da citada guerra, como se isso inibisse o caráter de nossas lideranças, é o escopo de uma economia mais sólida e garantidora de nossa independente forma de agir em nossas economias e giros de capital.

                A cada virada do ser humano em seus canais perceptivos, pela proximidade que possui com centros que emergem através da banalização de governos extremistas e conservadores, a influência cultural há de ser sempre algo a ser combatida. Sempre quando a cultura é uma indústria a nós imposta de todos os meios imagináveis, pois é criteriosa e criticamente, sem dourar a pílula do conhecimento, mas aprendendo e ensinando, com direito a que se professe a importância dos docentes em uma nação como a nossa, que estaremos mais aptos e preparados que a banalização da ignorância na "adoração cega" aos países mais ricos... São os que sempre foram: o império, onde tudo acontecera no Brasil, inclusive um golpe militar desencadeado pela influência dos EUA, e por isso é que precisamos nos fortalecer cada vez mais em nossas bases de sustentação, e jamais permitir que se banalize a forma em que certos aventureiros queiram lançar mão de nossa reserva moral e destitua o que a nossa democracia tem de melhor: a tentativa de melhorar, mesmo que isso ainda seja um processo de reconstrução...

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