Não haveriam tempos mais solícitos do que a contemporaneidade
Em sabermos que a juventude passa por dificuldades, e o que antes criáramos
Do que criáramos antes, as palavras que nos comem crus, os corvos que estão em
muitos lugares
Tão maravilhosos quanto a solidão de quem não é como “eles” mas, outrossim,
quem dera
O pano da Pietá, fosse de um mármore de seda...
Abismos, fossas marinhas, montanhas sem saída, quem dera, a magnitude de um voo
no altiplano
E seríamos observadores incaicos, quiçá uma página cultural que muitos já não
perceberiam
Posto nas sementes não estaria mais um licor sagrado, mas na realidade uma
semântica indiscreta
Onde poucos, satisfeitos, comeriam os olhos de crianças pobres, como último
alimento gratuito
Onde, nas ruas, a se soletrarem os ventos, a fumaça de um automóvel por si só
já dá os ares
De que as coisas são mais próprias do que supomos dentro ou fora da linha do
Equador.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
CRIA CUERVOS QUE TE COMEN LOS OJOS
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