terça-feira, 28 de janeiro de 2025

OS MAHATMAS EM UM MUNDO MATERIALISTA


                Não seria absurdo afirmar que temos a consciência de muitas coisas... Quando compramos algo, vemos a embalagem, quando temos a atração pelo sexo oposto, em um exemplo mais usual, obviamente vemos a “embalagem”, mas disso temos que ter uma consciência mais aflorada para saber que o corpo do homem ou da mulher seja algo de aparência, conferindo a atratividade mais imediata. Assim como na Natureza, percebemos as coisas de forma mais completa ou mais incompleta, pois a partir do momento em que a mesma mulher ou o homem, nós @s conhecermos melhor, quiçá aflore um sentimento maior a respeito desse ser, quiçá a ampliação da nossa consciência, a partir do momento em que passamos a conviver melhor com a “relação” agregue mais saber em nossas vidas, e não justamente apenas o prazer que tiramos disso, ou o que simplesmente significaria o consumo do refrigerante que compramos, e teríamos que comprar mais e mais para continuar usufruindo da mesma “companhia”, ou fábrica que fabrica a ilusão de que realmente estaríamos necessariamente no desfrute, pois a água quiçá fosse melhor para matar a nossa sede, pura e simplesmente, ou aquela cerveja junto ao “objeto amado”, com seus agregares de consumo, a ida ao motel, o gozo, tudo terminaria em uma grande ressaca por vezes, com direito a que ambos revelassem as fotos da festa em meio a rodas de amigos, as conquistas e tudo o que confere o status material na sociedade de descarte tal como a conhecemos hoje.

                Indubitavelmente, há seres humanos em busca de algo que suplante um estilo de vida extremamente materialista, onde seus ganhos, obviamente frutos dos seus trabalhos, são aplicados de forma mais saudável, em meio a boas e saudáveis relações, coisas que agreguem espiritualidade, na leitura que demande algum esforço intelectual maior, ou mesmo na constituição de uma vida em que o descarte seja algo consciente, pois não estamos sozinhos no planeta, e mesmo o lixo deve ser “pensado” em como iremos dele nos desfazer.

                Os mahatmas, ou grandes almas, são seres humanos dotados de consciência maior, que muitas – na maior parte – vezes são desconhecidos, e justamente conhecem algo a respeito de uma vida espiritual, ou porque se iniciaram profundamente em uma religião, ou por influência de caminhadas de alguém próximo, ou mesmo, quiçá seja apenas uma interpretação espiritualista equivocada, por uma questão de carma. Não importa ressaltar bem suas origens, mas são seres dotados de uma espiritualidade que lhes leva adiante, e que geralmente, na acepção mais crua da palavra, justamente são aqueles que não se drogam e levam uma vida em sobriedade, posto não tem poder algum em aditivos, e sequer se arvoram o poder, pois desta vontade não fazem questão, se forem realmente grandes almas. São mestres por excelência e encontram no viés de uma sociedade extremamente materialista a seara onde trabalham, como foi o Senhor Jesus, em uma época onde o farisaísmo comercial e erudito era tão corrente: senhor do seu tempo. Justo, que mahatmas como o Cristo foram imolados, não importa o destino para eles, mas a prática, o ensinamento, assim como Gandhi, outro exemplo de mahatma, foi assassinado depois de libertar a Índia do jugo colonial inglês.

                Quiçá quando a sociedade se torna tão brutalizada a ponto de quase dominarem os sentimentos lúgubres e sinistros de poder, há mahatmas que se usam de sua sabedoria para passarem invisíveis, são aqueles que vivem mais longamente, em paz consigo, pregando por vezes a vida de outros que se sacrificaram enormemente pela humanidade, ou mesmo alertando os povos de que a paz mundial se torna necessária sempre, e isso corre no viés de cada qual no planeta e a importância de saber se portar perante o próximo, conforme outros que já vieram deram o exemplo para todos, vivos ou mortos... Um mundo farisaico é o que resta em uma história de dominadores e dominados, de imperialistas e países emergentes, e os mahatmas de hoje sói construírem seus núcleos espirituais mais verdadeiros, como células onde poucos vão ter acesso, e aqueles que impulsionarem suas vidas em direção à própria destruição fatalmente vão encontrar difíceis e duros desfechos no meio desse tipo de jornada.

                Os mahatmas irmanam, caminham mais para a interlocução social, são por vezes comunicativos, e em outras vivem em mais silêncio, onde o gesto fala por si. São graves, possuem senso de humor, por vezes, e creem em um mundo melhor, alguns comunicando-se com o mesmo e outros resignados em apenas viver em sua célula da melhor forma, mas todos são buscadores, e são boa parte da humanidade planetária hoje. Geralmente são mais simples e jamais gananciosos, são comunitários, por vezes trabalham de graça como voluntários, podem ser desde um policial, um médico, um empresário, ou mesmo um mendicante invisível. O que importa é saber que esses seres, homens e mulheres, são o eixo central que move o humano no planeta, são puros de caráter ou em eterna reforma dele. O que dizem não importa tanto, passam e alguns perceberam, outros sequer imaginam o que é comprar um refrigerante sem ver o rótulo...

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