Não
seria absurdo afirmar que temos a consciência de muitas coisas... Quando
compramos algo, vemos a embalagem, quando temos a atração pelo sexo oposto, em
um exemplo mais usual, obviamente vemos a “embalagem”, mas disso temos que ter
uma consciência mais aflorada para saber que o corpo do homem ou da mulher seja
algo de aparência, conferindo a atratividade mais imediata. Assim como na
Natureza, percebemos as coisas de forma mais completa ou mais incompleta, pois
a partir do momento em que a mesma mulher ou o homem, nós @s conhecermos
melhor, quiçá aflore um sentimento maior a respeito desse ser, quiçá a
ampliação da nossa consciência, a partir do momento em que passamos a conviver
melhor com a “relação” agregue mais saber em nossas vidas, e não justamente
apenas o prazer que tiramos disso, ou o que simplesmente significaria o consumo
do refrigerante que compramos, e teríamos que comprar mais e mais para
continuar usufruindo da mesma “companhia”, ou fábrica que fabrica a ilusão de
que realmente estaríamos necessariamente no desfrute, pois a água quiçá fosse
melhor para matar a nossa sede, pura e simplesmente, ou aquela cerveja junto ao
“objeto amado”, com seus agregares de consumo, a ida ao motel, o gozo, tudo
terminaria em uma grande ressaca por vezes, com direito a que ambos revelassem
as fotos da festa em meio a rodas de amigos, as conquistas e tudo o que confere
o status material na sociedade de descarte tal como a conhecemos hoje.
Indubitavelmente,
há seres humanos em busca de algo que suplante um estilo de vida extremamente
materialista, onde seus ganhos, obviamente frutos dos seus trabalhos, são
aplicados de forma mais saudável, em meio a boas e saudáveis relações, coisas
que agreguem espiritualidade, na leitura que demande algum esforço intelectual
maior, ou mesmo na constituição de uma vida em que o descarte seja algo
consciente, pois não estamos sozinhos no planeta, e mesmo o lixo deve ser “pensado”
em como iremos dele nos desfazer.
Os
mahatmas, ou grandes almas, são seres humanos dotados de consciência maior, que
muitas – na maior parte – vezes são desconhecidos, e justamente conhecem algo a
respeito de uma vida espiritual, ou porque se iniciaram profundamente em uma
religião, ou por influência de caminhadas de alguém próximo, ou mesmo, quiçá
seja apenas uma interpretação espiritualista equivocada, por uma questão de
carma. Não importa ressaltar bem suas origens, mas são seres dotados de uma
espiritualidade que lhes leva adiante, e que geralmente, na acepção mais crua da
palavra, justamente são aqueles que não se drogam e levam uma vida em
sobriedade, posto não tem poder algum em aditivos, e sequer se arvoram o poder,
pois desta vontade não fazem questão, se forem realmente grandes almas. São
mestres por excelência e encontram no viés de uma sociedade extremamente
materialista a seara onde trabalham, como foi o Senhor Jesus, em uma época onde
o farisaísmo comercial e erudito era tão corrente: senhor do seu tempo. Justo,
que mahatmas como o Cristo foram imolados, não importa o destino para eles, mas
a prática, o ensinamento, assim como Gandhi, outro exemplo de mahatma, foi
assassinado depois de libertar a Índia do jugo colonial inglês.
Quiçá
quando a sociedade se torna tão brutalizada a ponto de quase dominarem os
sentimentos lúgubres e sinistros de poder, há mahatmas que se usam de sua
sabedoria para passarem invisíveis, são aqueles que vivem mais longamente, em
paz consigo, pregando por vezes a vida de outros que se sacrificaram
enormemente pela humanidade, ou mesmo alertando os povos de que a paz mundial
se torna necessária sempre, e isso corre no viés de cada qual no planeta e a
importância de saber se portar perante o próximo, conforme outros que já vieram
deram o exemplo para todos, vivos ou mortos... Um mundo farisaico é o que resta
em uma história de dominadores e dominados, de imperialistas e países
emergentes, e os mahatmas de hoje sói construírem seus núcleos espirituais mais
verdadeiros, como células onde poucos vão ter acesso, e aqueles que
impulsionarem suas vidas em direção à própria destruição fatalmente vão
encontrar difíceis e duros desfechos no meio desse tipo de jornada.
Os
mahatmas irmanam, caminham mais para a interlocução social, são por vezes
comunicativos, e em outras vivem em mais silêncio, onde o gesto fala por si.
São graves, possuem senso de humor, por vezes, e creem em um mundo melhor,
alguns comunicando-se com o mesmo e outros resignados em apenas viver em sua
célula da melhor forma, mas todos são buscadores, e são boa parte da humanidade
planetária hoje. Geralmente são mais simples e jamais gananciosos, são
comunitários, por vezes trabalham de graça como voluntários, podem ser desde um
policial, um médico, um empresário, ou mesmo um mendicante invisível. O que
importa é saber que esses seres, homens e mulheres, são o eixo central que move
o humano no planeta, são puros de caráter ou em eterna reforma dele. O que
dizem não importa tanto, passam e alguns perceberam, outros sequer imaginam o
que é comprar um refrigerante sem ver o rótulo...
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