domingo, 19 de janeiro de 2025

A CAIXA QUE REGISTRA


Do que sai, do que entra,
Daquilo que reside nas entranhas, qual doce consumido e transformado,
Um fórceps como ferramenta diria melhor de uma hérnia
Ou quando o ferro do desavisado avisa a comunidade que vem subindo alguém...

Registram aqui e ali, pega-se da encomenda, qual, vários ramais interligados
E que ninguém saiba mais do que aquilo que poucos sabem em seus pousos
Posto do farol vermelho a moto fura a linha, na madrugada, premiada...

E os corvos pousam no alfalto, é um sábado onde haitianos silenciam suas carestias
Não que distasse tanto do olfato de um teco mal anunciado, ou de um tico no fubá mimoso...

A timeline dos sem tempo quiçá já saiba de um afeto indiscreto em um semáforo de café
Outrora nas vertentes do temporal da semana, as chuvas de arabescos estadunidenses
Ou mesmo o paradigma nova-iorquino de prosseguir vivendo no Harlem...

Vestimos o mesmo enigma das serpentes, qual ébano de prata, qual bala não anunciada no tambor
Que falseia na paráfrase de um inocente útil, qual não seria, o prócer lutador do sempre
Quando sabe que, por mais que envelheça, sua força jamais lhe vai subtrair o níquel de sua vitalidade...

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