Dragão que não é, mas a forma do réptil lembra tudo
Na forma dos movimentos muito rápidos
Como o semblante que, rapidamente, quase se enfurece,
Ou, de enfurecido de fato, retesa os músculos e investe
Contra algo que porventura nem saiba, mas se fosse o réptil
Nada conteria uma possível fuga, pois a lagartixa foge do braço
De um homem, ou de uma aproximação real e física
Mesmo que saibamos que a um inseto o bote do animal é assaz preciso...
Por qual não fosse a velocidade desse bicho, seja assim conforme
Para que possa capturar uma mosca, antes que esta perceba, através dos seus inúmeros olhos,
A aproximação letal do réptil, e como se não fora, por vezes a própria presença deste
Anui o premonitório estado de que as coisas vão se tornar selvagens em um determinado momento...
Passam os passantes do sábado e, perspicazes, são irônicos ou sagazmente pérfidos
Quando possuem as sua crenças imersos na ignorância ilimitada, berço de uma companhia
Nem tão certa de se manter enxuta, mas que engrossa os quadros dos filhotes do vídeo game
Ou de seus progenitores afeitos a séries infantis que ainda povoam o imaginário de moleques envelhecidos pela ferrugem da intolerância.
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