Qualquer hora, quem diria, seríamos outros na onda
Em vaga que não soçobra no vento, bate na rocha, na frente e nos lados
E às cracas de um navio ancorado perto, certos mexilhões dão seus ares
Quando suportam tendências marinhas que não sossegam enquanto não sejam as
donas de si...
Se tantos dos sem nomes, não fossem os mesmos que nomeamos para uma conduta
Quando soletramos seus rótulos, ou quando predizemos estigmas rotos
Mas que se refazem, qual retalhos costurados em imenso tapete, sob novas ondas
Ensimesmadas no soturno gesto da profundeza, onde as areias se revolvem.
Não furtaríamos sequer o vento morno de uma manhã solene
Ao predizer futuros vãos, ao pretender que a vida não viesse sob as gazes
medicadas
Ou quando colhemos as feridas que a medicina urge curar provisoriamente
Na vertente de sombras onde o remédio seja administrado quase
contratualmente...
A onda cura uma ponta, e os corais refulgem cristalinos sob a égide colateral
Quando os ressentimentos da química não sem entornos cáusticos por vezes
Denotam que nem toda a abordagem é totalmente certa, e nem toda a terapia
Seria aquela que se determina ser a profusão da esfera ocidentalizada na origem
dos problemas...
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
O VIÉS DA OUTRA ONDA
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