Agora é como depois de um enterro.
Deixa-me neste leito, do tamanho do meu corpo,
junto à parede lisa, de onde brota um sono vazio.
A noite desmancha o pobre jogo das variedades.
Pousa a linha do horizonte entre as minhas pestanas,
e mergulha silêncio na última veia da esperança.
Deixa tocar esse grilo invisível
- mercúrio tremendo na palma da sombra -
deixa-o tocar a sua música, suficiente
para cortar todo arabesco da memória...
Nenhum comentário:
Postar um comentário