quinta-feira, 25 de julho de 2024

UMA FLOR NASCE MULHER


No coração de um homem, desolado da alma bruta
No calcário virgem do amor que não transubstancia
Aquilo de amar, pudera, da flor dos olhos trigueiros e sinal no ventre
Que fosse, a face imorredoura do mesmo homem que vê e pressente
Fazer brotar no eterno amor do que há de melhor da flor da aurora
Quando sabe certamente que a mulher despe da solidão o que já não é…

Sabe o homem o que quer, mantém-se incólume nas frentes da vida
E, sempiterno, não claudique o seu proceder no andamento das coisas
Posto na semântica do encontro do sorriso, eis que aflore a flor que não murcha
Posto saber o que pretende ser quando solicitada em algo de monta
Ou no perfunctório saber de flor com a maestrina figura pétrea de alabastro…

Não que fora a pátria o coração da flor, a flor não saberia da pátria que sabemos
Quando guerreiros postados em suas posições o sabem da luta aguerrida da sela
Ou nos campos mais duros de jornadas onde o norte se encontra com as cidades
Ou o sul reverbera seu inverno na enchente que sói reconhecer os fortes…

Não seja promessa de ajuda a questão do homem e da flor que não emurchece
Posto semântica inaudita a verve do monossílabo que não foi pronunciado pela aurora cálida
No princípio do inverno, em que o homem fora um samurai perdido com sua haste
E a perfídia de um caminho transformou a espada em chumbo, quanto de perder na fronte
Descobre a arte do oriente proximal, que não dista da sabedoria mais ímpar
Daquilo que todo o guerreiro deseja, apenas prosseguir lutando, e simplesmente amar a flor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário