sexta-feira, 26 de julho de 2024

O SOL NASCE DA MESMA FORMA


Que a distância não seja óbice, e o território não seja nulo
Quando parafraseamos a semântica una, não a dividamos
Em frases que não distem igualmente, pois a presença é uma leitura.

Enquanto o tempo não forme a forma do sol que pensam alguns
Que nasce mais distante a alguns, do outro lado do mundo, quiçá
Ou no sopro de um meridiano igual, nos una essa linha invisível.

A poesia está para um poeta assim como seu imo está para o ser
Posto publicação na luz, essa poesia não encontra outro algo
Que não seria quiçá de outro o mesmo semblante da aurora.

Na tênue linha da melancolia, quiçá o vento nos traga a tepidez da promessa
Ou um embate sereno de nós conosco, do próprio com o sermos
Quando não ignorarmos uma voz que guardemos na nossa face da história.

O vértice de um rescaldo da maravilhosa geometria de um encontro eletrônico
Revela apenas a realidade mais subjetiva de uma flor que encanta na pétala de cristal
Naquilo de anunciado, meio e mensagem, arquipélago e fonte, incandescida vela capital.

Não se citaria personalidades, por vezes a mesma semântica de outrora
Verteria nos panos mais quentes de um bálsamo de crisântemos
O boreal rumorejar das fontes mais secretas e, no entanto, transparentes de um homem...

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